Guararapes (GUAR3): BTG inicia cobertura e calcula potencial de alta de 37%

O BTG Pactual iniciou a cobertura da Guararapes (GUAR3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13 para o final de 2026, o que implica em um potencial de alta de cerca de 37% para a ação.
A equipe de analistas liderada por Luiz Guanais enxerga que, após ajustes nos últimos dois anos, a dona da Riachuelo se destaca pela integração vertical da manufatura, do varejo e da empresa financeira Midway.
Desde 2024, o BTG vê uma reestruturação consistente na Gurararapes, embora com produtividade abaixo de seus pares C&A (CEAB3) e Lojas Renner (LREN3).
A empresa, para eles, deixa para trás oportunidades em sortimento, precificação e omnicanalidade. Mas há evoluções.
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“A Midway evoluiu de apoio de crédito a motor de resultado: carteira de R$ 5,6 bilhões, penetração de cartões em 32% das vendas no segundo trimestre de 2025 e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 447 milhões nos últimos 12 meses (margem de 18%)”, colocam os analistas.
Já o aperto na carteira de crédito reduziu a inadimplência 90–360 dias de 23% quarto trimestre de 2023 para 17,4% no segundo trimestre deste ano.
O banco pondera ainda sobre a fragmentação do mercado de vestuário, que abre espaço para consolidação e expansão geográfica.
Eles enxergam ainda que a regulação sobre vendas cross-border, que elevou preços de nomes como Shein e Shopee, diminuiu a distância entre os nomes e melhorou a competição para players locais.
Os riscos e catalisadores para a Gurarapes
Os analistas do BTG veem catalisadores em recuperação de margem no varejo, expansão da Midway e crescimento de lojas.
Já do lado dos riscos, há o cenário macroeconômico, com os juros, riscos quanto a qualidade de crédito, além de uma eventual nova agressividade das plataformas digitais.
Nesta quarta (24), por volta de 11h25 (horário de Brasília), as ações GUAR3, negociadas fora do Ibovespa (IBOV), avançavam mais de 3%, votada a R$ 9,76.