Guedes viaja para os EUA após Bolsonaro não confirmar sua permanência como ministro

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O ministro Paulo Guedes irá se ausentar da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) para participar de reuniões nos Estados Unidos.

Na semana que vem, Guedes vai à Washington para acompanhar as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que acontecem entre os dias 10 e 16 de outubro.

O evento reúne representantes dos bancos centrais, ministros de finanças e desenvolvimento, executivos do setor privado, representantes de organizações da sociedade civil e acadêmicos para discutir questões de preocupação global, incluindo as perspectivas econômicas mundiais, a erradicação da pobreza, o desenvolvimento econômico e a eficácia da ajuda.

De acordo com o cronograma do evento, Guedes não está escalado para nenhuma apresentação.

Agenda cheia

O ministro também participa da 4ª reunião de ministros das finanças do G20. Os encontros estão marcados para os dias 12 e 13 de outubro, também em Washington.

O Money Times entrou em contato com o Ministério da Economia, que confirmou a presença de Guedes nos dois eventos. No entanto, informou que o detalhamento dos compromissos será divulgado sempre na véspera, como de costume.

Corrida eleitoral

Guedes estará fora no meio da campanha eleitoral de Bolsonaro para o segundo turno e em um momento crítico, no qual nomes de peso da economia anunciam apoio ao ex-presidente Lula (PT).

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Ao longo da semana, os economistas Pedro Malan, Edmar Bacha, Armínio Fraga e Pérsio Arida confirmaram publicamente que votarão no petista no dia 30 de outubro.

No entanto, a permanência de Guedes no cargo de ministro em caso de reeleição de Bolsonaro virou uma incógnita. Ontem, durante um evento, o presidente elogiou Guedes como um “exemplo de gestão” durante a pandemia.

No entanto, ele se esquivou das perguntas sobre Guedes seguir à frente do Ministério da Economia em um eventual novo mandato.

“Paulo Guedes é um exemplo de gestão no momento mais difícil da história do Brasil. Não perdemos emprego em 2020 e 2021, muito pelo contrário. Todo mundo pensava que em 2020 a gente ia cair 10% [PIB] e caímos 4%. Ele [Guedes] tomou medidas fantásticas. Costumo dizer que a grande vacina para a economia foi em 2019, com a lei da liberdade econômica”, respondeu.

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