Hackers internacionais roubam US$ 28 milhões em criptomoedas na Coreia do Sul — golpe atingiu até Jungkook, do BTS
A Coreia do Sul tem se mostrado implacável contra crimes cibernéticos envolvendo criptomoedas. Na última semana, um homem foragido por cinco anos, suspeito de roubar cerca de R$ 70 milhões em criptomoedas, foi preso graças a um descuido improvável: uma bituca de cigarro esquecida na cena do crime.
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Nesta sexta-feira (29), a Polícia Metropolitana de Seul desmantelou uma rede internacional de hackers responsável por desviar aproximadamente US$ 28 milhões em dinheiro e criptomoedas de contas de investidores, executivos e até do astro do K-pop, Jungkook, do BTS.
Segundo a Unidade de Investigação Cibernética, 16 suspeitos foram presos com apoio da Interpol, incluindo dois líderes estrangeiros que operavam a partir da China e Tailândia.
O grupo usava dados pessoais roubados de sites governamentais e instituições financeiras para criar mais de 100 contas telefônicas fraudulentas, contornando sistemas de autenticação e acessando carteiras digitais e contas bancárias.
No total, 258 indivíduos de alto perfil foram visados:
- 28 investidores em criptomoedas
- 75 executivos de empresas
- 12 celebridades
- 6 atletas
O saldo total das contas atingidas equivalia a US$ 39,8 bilhões. Do montante, os hackers conseguiram desviar US$ 28,1 milhões, enquanto as instituições financeiras bloquearam os saldos restantes antes da transferência.
Até o momento, US$ 9,2 milhões já foram congelados e devolvidos às vítimas. O maior roubo individual registrado alcançou US$ 15,4 milhões em criptomoedas.
Os criminosos recorreram a métodos sofisticados, incluindo engenharia social, phishing, malwares personalizados e o golpe de SIM swapping, que permite assumir o controle da linha telefônica da vítima e interceptar autenticações em duas etapas.
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Além das ameaças internas, hackers norte-coreanos, principalmente o grupo Lazarus, continuam realizando alguns dos maiores ataques a criptomoedas do mundo.
Em 2025, o grupo teria desviado US$ 1,5 bilhão da exchange ByBit, parte dos recursos supostamente direcionada ao financiamento de operações militares e tecnológicas do regime de Kim Jong-un.
Diante do cenário, o governo sul-coreano vem endurecendo a legislação, reforçando a fiscalização e implementando uma estratégia de defesa multicamadas, com verificação de identidade mais rigorosa para serviços de telecomunicações e cooperação internacional para conter crimes cibernéticos.
