Mercados

Haddad pode aliviar mercado nos próximos dias, avalia Julius Baer; entenda

12 dez 2022, 15:30 - atualizado em 12 dez 2022, 15:30
Fernando Haddad
Na avaliação do Julius Baer, a depender dos nomes que forem apresentados, a formação da equipe econômica pode ajudar a animar o mercado (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A escolha de Fernando Haddad para comandar o Ministério da Fazenda ainda é repercutida pelo mercado. Apesar da definição do nome do petista, que já vinha sendo precificada pelos investidores, existem outros fatores ainda sob monitoramento, incluindo a nomeação da equipe econômica nos próximos dias.

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Na avaliação do Julius Baer, a depender dos nomes que forem apresentados, a formação da equipe econômica pode ajudar a animar o mercado, assim como as novas orientações para as reformas fiscais.

“Esperamos que um momentum positivo possa potencialmente aparecer com a nomeação da equipe econômica de Haddad, com nomes liberais e de sinalizações pró-mercado, nos próximos dias, bem como com mais orientações sobre as reformas fiscais ao longo das próximas semanas”, afirma.

Ainda assim, o banco destaca que a nomeação de Haddad não traz alívio para o aumento dos riscos fiscais no Brasil.

O Baer diz que o evento gera, na verdade, mais incerteza entre os investidores sobre políticas econômicas heterodoxas, a falta de uma disciplina fiscal e o aumento da dívida pública. Porém, como o nome de Haddad era dado como certo por parte do mercado, o Ibovespa não reagiu de forma negativa ao anúncio de sexta-feira (9).

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O Julius Baer não sugere aumentar exposição a ativos brasileiros nesta altura do campeonato.

Grande dúvida

Segundo Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, a “grande pulga atrás da orelha” é saber a força que irá conduzir a Fazenda a partir do próximo ano: “o lado técnico de Pérsio Arida e equipe, caso seja um dos nomes da equipe econômica, com foco em políticas públicas direcionadas para a geração de emprego, renda e crescimento do Brasil, ou o viés mais político capitaneado por Haddad, com mais Estado na Economia”.

Alves lembra que dúvidas costumam adicionar incerteza, insegurança e falta de previsibilidade, “tudo o que o mercado financeiro não gosta”.

Apesar dos riscos que chegam com a definição do próximo ministro da Fazenda, especialistas já começam a levantar pontos positivos de Haddad.

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Edmar de Oliveira, operador de renda variável da One Investimentos, recorda que Paulo Guedes teve dificuldade em dialogar com os deputados e senadores e com outros partidos justamente por conta da falta de traquejo político.

“Tem a necessidade de você personificar um político à frente do ministério porque precisa do diálogo com a classe política. Eles falam a mesma língua”, diz.

Já Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, lembra que Haddad é um nome tido como pragmático e mais lulista do que petista. Para ele, dentro das possibilidades, não é o pior.

“Quem será o ministro da Fazenda será o Lula“, completa.

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Ibovespa em 104 mil pontos

O Ibovespa cai forte nesta segunda (12), operando nos 104 mil pontos, com o peso de fatores políticos jogando o índice para baixo. Além da indefinição da equipe econômica, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ainda deve apresentar mais nomes para os ministérios de seu novo governo nesta semana.

Foi levantado o nome de Aloizio Mercadante para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou a Petrobras (PETR3;PETR4). Por conta disso, as ações da estatal caem forte hoje, mesmo com o avanço do petróleo nos mercados internacionais.

Mercadante faz parte da coordenação da transição do governo Lula e ocupou três cargos de ministro durante o governo de Dilma Rousseff: Educação, Ciência e Tecnologia e Casa Civil, entre os anos de 2011 a 2015.

Também pesa sobre o Ibovespa o andamento da PEC da Transição, em tramitação na Câmara dos Deputados.

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A proposta que permite expandir o teto de gastos em R$ 145 bilhões para a manutenção do pagamento do Bolsa Família de R$ 600, uma das promessas de campanha de Lula, e outras despesas, além de abrir margem de R$ 23 bilhões nas contas do ano que vem para investimentos, com base em parcela de excesso de arrecadação do governo, foi aprovada no Senado na semana passada.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), abreviou o trâmite da PEC ao incluir o texto para tramitar conjuntamente com outra proposta que já está pronta para ser votada no plenário da Casa pelos deputados, o que deve ocorrer ainda nesta semana.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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