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Hapvida (HAPV3): JP Morgan rebaixa recomendação e corta preço-alvo após resultados do 3T25

13 nov 2025, 13:10 - atualizado em 13 nov 2025, 18:39
hapvida day trade segunda 29 comprar
day trade (Imagem: Facebook/Hapvida)

Com resultados aquém do esperado, o JP Morgan rebaixou a recomendação das ações da  Hapvida (HAPV3) de compra para neutra nesta quinta-feira (13). 

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O banco também cortou o preço-alvo de R$ 52 para R$ 39 — o que ainda representa um potencial de valorização de 19,3% sobre o preço de fechamento de ontem (12). 

Com a revisão, os analistas observam que há “um risco-recompensa” equilibrado neste momento. 

A Hapvida reportou um lucro líquido de R$ 338 milhões entre julho e setembro, alta de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

No período, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 746,4 milhões, diminuição de 2,1%, sem efeitos não recorrentes.

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A operadora também teve uma queima de fluxo de caixa livre de R$ 51,9 milhões no 3T25, pressionado pela piora do Ebitda. Já a receita líquida somou R$ 7,8 bilhões, aumento de 6,0% em relação ao apurado um ano antes.

Em reação, as ações tombaram na B3, liderando as perdas da bolsa brasileira. HAPV3 despencou 43,12%, a R$ 18,59. 

Na mínima intradia, os papéis chegaram a registrar queda de 48,76% (R$ 16,75).



Prognóstico incerto

Em relatório, os analistas liderados por Joseph Giordano afirmaram que após as perdas no balanço do 3T25, o prognóstico da operadora de saúde tornou-se “incerto”. 

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O banco chamou a atenção para a piora no resultado financeiro impulsionada pelo Ebitda ajustado, que recuou 36% entre julho e setembro na comparação com o mesmo período do ano anterior — e 30% menor do que o projetado pela equipe de analistas. 

“A perda no resultado final foi impulsionada pela operação, refletindo uma combinação de adições líquidas limitadas, tíquete menor que o esperado e MLR/sinistros per capita acima do previsto, em razão do aumento da disponibilidade de serviços com o fortalecimento da rede própria e de uma sazonalidade negativa mais forte do que o habitual, marcada por um inverno mais frio e viroses tardias”, escreveram os analistas. 

A equipe do JP Morgan também destacou a queda de 38% na base anual do Lucro por Ação (LPA) ajustado, que ficou em R$ 0,22. O valor é 31% menor do que a estimativa do banco e 60% abaixo do consenso da Bloomberg. 

Pressões devem continuar

Na avaliação do JP Morgan, “algumas pressões reveladas nos números do 3T25 tendem a persistir pelo menos durante a maior parte de 2026”. 

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A equipe de analistas afirma que o cenário competitivo “não é dos melhores”, com a Amil mantendo uma postura comercial “mais agressiva” em São Paulo, impondo “grandes obstáculos aos planos de crescimento” e à recuperação da alavancagem operacional da Hapvida — ao mesmo tempo que ofusca a visibilidade de curto e médio prazo. 

Com isso, o banco acredita que a recuperação da rentabilidade impulsionada por maior volumes e tíquete deve ficar para o final do período, “sugerindo uma curva de melhora da margem Ebitda mais lenta”. 

Os analistas ainda consideraram que os investimentos estruturais necessários para resolver as restrições de capacidade, reduzir o volume de reclamações e melhorar a percepção de qualidade do serviço estão sendo feitos, “visando uma trajetória de crescimento mais saudável”. 

Por outro lado, a Hapvida não está capturando os “benefícios” desse movimento — “pelo menos ainda não, pois as adições líquidas permanecem limitadas com uma alta rotatividade persistente, somada a preços limitados”. 

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Para 2026, as projeções do JP Morgan estão cerca de 31% abaixo do consenso do mercado. O banco espera um lucro líquido ajustado de R$ 1,0 bilhão o no próximo ano, contra R$ 1,5 bilhão estimados pelo mercado. 

Além do JP Morgan 

Os números do 3T25 também fizeram o BTG Pactual revisar as estimativas para Hapvida. O banco reduziu o preço-alvo de R$ 67 para R$ 50 no fim de 2026 — o que representa um potencial de valorização de 52,9% sobre o preço de fechamento de ontem (12).

A recomendação de compra foi mantida, com “mas com menor confiança”, na visão dos analistas.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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