Destaques da Bolsa

Hapvida (HAPV3) salta mais de 10% com surpresas positivas no balanço do 1T25

13 maio 2025, 13:13 - atualizado em 13 maio 2025, 13:13
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Ações da Hapvida lideram os ganhos do Ibovespa após o índice de sinistralidade vir melhor do que as empresas pares do setor (Imagem: Freepik/Divulgação - Montagem: Julia Shikota)

A temporada de balanços segue a todo vapor e Hapvida (HAPV3) é uma das companhias que se destacam no Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (13). 

Por volta de 12h50 (horário de Brasília), HAPV3 subia 11,72%, a R$ 2,67, na liderança da ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira. Acompanhe o Tempo Real. 



A operadora de saúde reportou um lucro líquido ajustado de R$ 416,4 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), uma queda de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor superou a expectativa média de analistas, de R$ 360 milhões, segundo dados da LSEG. 

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1 bilhão no período, alta de 0,5% na base anual e próximo à projeção dos analistas consultados pela LSEG de R$ 979 milhões. 

A companhia registrou uma receita líquida de R$ 7,5 bilhões entre janeiro e março, o que representou uma alta de 7,3% em relação aos primeiros três meses de 2024.

Já a dívida líquida ficou em R$ 4,2 bilhões, enquanto a sinistralidade caixa ficou em R$ 5,1 bilhões no período. A sinistralidade caixa da companhia atingiu 68,6% no período, contra taxa de 68% apurada no primeiro trimestre de 2024.

Atualmente, a Hapvida contabiliza 15,7 milhões de beneficiários, número 0,5% inferior ao do primeiro trimestre de 2024. São 8,8 milhões em planos de saúde e 6,9 milhões em odontológicos.

Surpresas positivas

O consenso do mercado é que a Hapvida divulgou resultados positivos no 1T25, com destaque para o Ebitda ajustado acima do esperado. 

“Ao contrário dos trimestres anteriores, que foram fortemente impactados por eventos não recorrentes, os resultados do 1º trimestre foram relativamente limpos, o que consideramos positivo”, escreveram os analistas do BTG Pactual. 

Na avaliação do Santander, os resultados estão alinhados com a estratégia da empresa de focar na verticalização, aumentar os preços, melhorar a rentabilidade geral e enfrentar o problema da judicialização.

Os analistas ainda destacaram que os depósitos judiciais ficaram abaixo do previsto, o que é positivo. “Notamos que os depósitos judiciais cíveis aumentaram em R$ 64 milhões na base trimestral, menos do que nossa deterioração prevista de R$ 112 milhões.  Em nossa opinião, isso é positivo, mas é apenas um ponto de dados em meio a um ambiente ainda difícil”, escreveram Caio Moscardini, Karoline Correia e Eyzo Lima em relatório. 

Para os analistas do Goldman Sachs, o fluxo de caixa livre (FCFE), que é medido pelo declínio trimestral da dívida líquida, de R$ 370 milhões, foi outro ponto positivo. O banco também chamou atenção para a métrica MRL (Medical Loss Ratio, em inglês) — que mede sinistralidade. 

“Assim como foi o caso para vários pagadores de saúde relevantes neste trimestre (por exemplo, Bradesco Saúde, Sul América, Porto Seguro), a Hapvida conseguiu entregar uma incomum melhora trimestral (embora tímida) no MLR caixa no 1T25, o que é curioso dado a difícil base de comparação embutida no 4T”, afirmou o analista Gustavo Miele. 

Na mesma linha, o Bradesco BBI avalia que “todos os olhos” estarão voltados para a sinistralidade no segundo trimestre, devido a uma potencial menor utilização atípica no 1T25 — sendo menor do que o esperado e o registrado por todos os pares listados. 

É hora de comprar HAPV3? 

Para o BTG Pactual, os fundamentos da Hapvida se mostraram mais sólidos após o balanço do 1T25 e sustentam a recomendação de compra para os papéis, “com expectativa de retomada do crescimento orgânico ao longo do ano”. 

O banco projeta um salto de 67,3% no preço das ações, com preço-alvo de R$ 4, na comparação com a cotação de fechamento da última segunda-feira (12). 

O Santander reiterou a recomendação de compra para HAPV3 com preço-alvo de R$ 3,60 no fim de 2025, um potencial de valorização de 50,6% sobre o preço da véspera (12). 

O Goldman Sachs também tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 3,80, uma alta potencial de 59% sobre o preço do fechamento anterior. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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