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HBR Realty troca IPO por oferta restrita de ações para captar até R$ 1,5 bilhão

11 jan 2021, 12:39 - atualizado em 11 jan 2021, 12:39
HBR3-A, da HBR Realty na avenida Nações Unidas
Só para quem entende: oferta restrita, como a pretendida pela HBR Realty, é aberta apenas a investidores institucionais e profissionais (Imagem: Divulgação/ HBR Realty)

A HBR Realty (HBRE3) retomou sua abertura de capital, suspensa, como dezenas de outras, pela pandemia de coronavírus. Mas, em vez de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), como cogitada em agosto, a companhia irá a mercado por meio de uma oferta restrita de ações.

Essa modalidade é regulamentada pela Instrução Nº 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Pelas regras, a HBR Realty deverá oferecer suas ações a 75 investidores potenciais, dos quais, pelo menos, 50 devem efetivamente participar da operação.

O Bradesco BBI será o líder da emissão, contando com o apoio do BTG Pactual, que atuará como agente estabilizador, e do Itaú BBA, Santander e Genial como coordenadores.

A faixa de preço indicativa da oferta vai de R$ 23,85 a R$ 29,85, mas o preço de colocação será definido por bookbuilding e divulgado em 21 de janeiro. A oferta inicial será composta por 38,2 milhões de ações ordinárias. A critério da empresa e dos coordenadores, um lote adicional de até 25%, ou 9,550 milhões, pode ser oferecido ao mercado.

Independentemente, também poderá ser ofertado um lote suplementar de até 10%, ou 3,820 milhões de ações.

Dinheiro com endereço certo

Assim, apenas para ilustrar, a HBR Realty pode captar entre R$ 911 milhões, considerando-se apenas a venda do lote inicial pelo piso da faixa indicativa, e R$ 1,539 bilhão, considerando-se o lote inicial, mais a totalidade dos lotes adicional e suplementar, vendidos pelo teto da faixa indicativa.

A HBR é controlada pelos mesmos acionistas da Helbor (HBOR3). Parte do dinheiro captado na abertura de capital, aliás, será usada para quitar compromissos assumidos com a Helbor, envolvendo a compra de ativos e seu posterior desenvolvimento. O negócio soma R$ 310,8 milhões.

Na ocasião, uma ata do conselho de administração da Helbor indicava que a HBR Realty iria estudar a realização de um IPO para obter os recursos necessários para bancar o acordo.

Oferta secundária

A ata também indicava que o IPO envolveria uma oferta primária (dinheiro que, efetivamente, entraria no caixa da HBR Realty) e uma oferta secundária (dinheiro que iria para os acionistas que vendessem seus papéis). No documento divulgado hoje (11), contudo, não há menção a uma eventual oferta secundária.

Embora controladas pelos mesmos donos, as empresas atuam em mercados distintos. A Helbor é uma incorporadora imobiliária. Já a HBR Realty ganha a vida com locação de imóveis comerciais.

As ações da companhia começarão a ser negociadas na B3 em 26 de janeiro.

Veja o fato relevante divulgado pela HBR Realty nesta segunda-feira (11).

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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