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HBR Realty, coirmã da Helbor, prepara seu IPO e precisa de, pelo menos, R$ 311 milhões

28 ago 2020, 9:57 - atualizado em 28 ago 2020, 10:02
HBR3-A, da HBR Realty na avenida Nações Unidas
Negócios: HBr3-A é uma das propriedades para renda da HBR Realty (Imagem: Divulgação/ HBR Realty)

A HBR Realty, controlada pelos mesmos donos da incorporadora Helbor (HBOR3), engrossou a fila das empresas que pretendem abrir seu capital. A companhia arquivou, na CVM, a minuta do prospecto preliminar de sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).

A operação envolverá a oferta primária (dinheiro que, efetivamente, irá para seu caixa) e secundária de ações ordinárias.

A primeira dica de que a HBR Realty se tornará uma empresa listada na B3 (B3SA3) surgiu na ata da reunião do conselho de administração da Helbor, arquivada na CVM nesta quinta-feira (27).

O documento relata o aval dos conselheiros para que a Helbor realize “determinadas transações”, dentro de um acordo operacional, com a HBR Realty.

Os ativos envolvidos totalizam R$ 132 milhões. Chamava a atenção, contudo, a forma lacônica como o tema era tratado, mas o interessante é que a ata mencionava que, para concluir a transação, a HBR Realty terá um prazo de seis meses para obter os recursos. A ata cita, explicitamente, que o IPO será o caminho.

Dinheiro carimbado

Procuradas pelo Money Times ontem (27), a HBR Realty e a Helbor não haviam se posicionado oficialmente até a publicação desta matéria. A minuta, contudo, esclarece tanto os termos do acordo entre as companhias, quanto o desenho geral do IPO.

Pela minuta, a oferta primária de ações precisa injetar, pelo menos, R$ 310,8 milhões no caixa da HBR Realty. Isto porque, segundo o documento, as duas principais destinações dos recursos captados estão relacionadas ao acordo com a Helbor.

Parte do dinheiro do IPO quitará os R$ 132 milhões referentes à aquisição dos ativos da Helbor. O que a ata da reunião do conselho da incorporadora não mencionava é que, além desse montante, a HBR Realty se comprometeu a co-incorporar os empreendimentos adquiridos. Para tanto, terá de investir R$ 178,8 milhões.

O IPO será aberto a investidores de varejo, mas a fatia para esse grupo se restringirá a uma faixa de 10% a 20% da colocação total. Os investidores não-institucionais poderão, no período de reserva, apresentar pedidos de, no mínimo, R$ 3 mil e de, no máximo, R$ 1 milhão.

Participantes

Na oferta secundária, os vendedores serão a Hélio Borenstein SA, que controla tanto a HBR Realty, quanto a Helbor, e a Tierra Fundo de Investimento, representada pela gestora Dynamo.

O líder da operação é o Bradesco BBI. As outras instituições que participam da operação são o BTG Pactual, o Itaú BBA, Santander Brasil e Genial Investimentos.

ComVem, bandeira de centros de conveniência da HBR Realty
Conveniência: bandeira ComVem foca pequenos centros de comércio (Imagem: Divulgação/ HBR Realty)

A diferença entre as empresas coirmãs é o seu core business. A Helbor é uma incorporadora imobiliária, enquanto a HBR Realty atua no mercado de locação de imóveis comerciais.

No fim de junho, seu portfólio somava 30 propriedades para renda, que totalizavam 300 mil metros quadrados de área bruta locável, sendo 139 mil metros quadrados próprios.

Os empreendimentos se dividem, basicamente, em centros de conveniência  (bandeira ComVem), lajes corporativas triple-A – segmento mais sofisticado desse mercado -, shopping centers, e consultoria para estruturação de fundos imobiliários.

(Colaborou Gustavo Kahil)

Veja a minuta do prospecto preliminar do IPO da HBR Realty.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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