Helbor (HBOR3) despenca 16% na bolsa após lucro cair 63%; o que fazer com as ações?
As ações da construtora Helbor (HBOR3) despencam nesta quarta-feira (12) e figuram entre as maiores quedas da bolsa, após a companhia divulgar um lucro líquido consolidado de R$ 13 milhões no terceiro trimestre (3T25), com retração anual de 63%.
Por volta das 11h30 (horário de Brasília), os papéis da empresa recuavam 16%, negociados a R$ 3,39 na B3. Acompanhe o tempo real.
Em relatório, o BTG Pactual avaliou que, embora os resultados tenham sido fracos, vieram, de forma geral, em linha com as projeções.
Entre julho e setembro, a receita líquida da companhia somou R$ 233 milhões, queda de 33% em relação ao 3T24, enquanto o lucro bruto ajustado recuou 28%, para R$ 115 milhões.
A construtora registrou consumo de caixa de R$ 43 milhões — neste caso, desempenho pior que o esperado pelo BTG, que projetava fluxo de caixa próximo de zero.
Com isso, a Helbor encerrou o 3T25 com dívida líquida de R$ 1,8 bilhão, o que implica em um índice de alavancagem de 65% (dívida líquida sobre o valor patrimonial).
“O terceiro trimestre foi fraco. Acreditamos que a empresa precisa reduzir a alavancagem para recuperar sua lucratividade, que foi prejudicada pelas altas despesas com juros”, destacou o banco.
O BTG tem recomendação neutra para as ações HBOR3, que são negociadas a 0,6 vez o valor patrimonial (P/VP) e 8 vezes o lucro projetado para 2026 (P/L).
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Visão do BBI
A equipe de analistas do Bradesco BBI classificou o balanço da construtora como “modesto”, afirmando que o impacto sobre sua tese é “ligeiramente negativo”.
“Embora tenhamos visto algumas tendências operacionais positivas, com lançamentos e crescimento de vendas, gestão eficiente de estoque de terrenos e a quase eliminação de estoques legados, as receitas foram mais fracas”, ressaltou a casa.
Segundo o BBI, as maiores participações minoritárias pressionaram o resultado da Helbor, levando à diminuição do lucro líquido.
Assim como o BTG, a instituição mantém recomendação neutra para HBOR3, citando a alavancagem ainda elevada e as perspectivas incertas para o segmento de renda média e alta.