Economia

Herança maldita de Milei: Inflação argentina é de 12,8% em novembro e 161% em 12 meses

13 dez 2023, 16:59 - atualizado em 13 dez 2023, 16:59
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Desafio: Javier Milei, novo presidente da Argentina, recebe uma inflação galopante do antecessor, Alberto Fernández (Imagem: REUTERS/ Tomas Cuesta)

A Argentina registrou uma inflação de 12,8% em novembro, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), equivalente ao IBGE brasileiro. Segundo a imprensa local, trata-se do pior resultado deste ano.

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No acumulado de 12 meses até novembro, a inflação argentina soma 160,9%. Já no acumulado desde janeiro, o índice chega a 148,2%.

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Segundo o site Infobae, com o resultado, o ex-presidente Alberto Fernández, que transferiu o cargo para Javier Milei no último domingo (10), entrou para a história com o maior índice acumulado de inflação em quatro anos de mandato, desde a hiperinflação de 1990. Sob sua gestão, os preços aumentaram 1.000% (sim, você leu corretamente: mil por cento).

A vitória de Milei no segundo turno da eleição presidencial, realizado em 19 de novembro, contudo, também pesou no bolso dos argentinos, segundo a Universidad Metropolitana para la Educación y el Trabajo.

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Isto, porque parte da inflação do mês passado refletiu a reação de empresários e varejistas à expectativa e posterior vitória de Milei. Como se sabe, o economista ultraliberal já sinalizada, durante a campanha, que liberaria os preços e desvalorizaria o peso.

Argentina sob Milei: População pode esperar mais inflação

A divulgação da inflação de novembro ocorre menos de 24 horas após o ministro da Economia de Milei, Luis Caputo, divulgar as primeiras medidas para debelar a alta de preços e controlar as contas públicas, afim de tirar o país da profunda crise dos últimos anos.

Assista ao anúncio das primeiras medidas do governo Milei, feito por Luis Caputo, para tirar a Argentina da crise:

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O problema é que as medidas que serão implementadas devem gerar ainda mais inflação no curto prazo, já que envolvem o fim dos subsídios aos preço da energia e transportes, o aumento do imposto sobre importação e a alta do câmbio oficial para 800 pesos por dólar – um salto de cerca de 100% sobre a cotação anterior.

Empresários e varejistas ouvidos pelo Infobae estimam que a cesta básica argentina, composta por 30 itens, encarecerá cerca de 100%. Alguns produtos, como a banana, saltarão mais de 200%.

Ao anunciar as medidas, ontem à noite, Caputo reconheceu que a Argentina “vai piorar” nos próximos meses, antes que a economia reaja. Para o ministro de Milei, é preciso enfrentar a inflação reprimida por anos de intervenções governamentais, que envolveram acordos com setores produtivos, tabelamentos e congelamentos de preços, concessões de subsídios e manutenção de uma taxa de câmbio artificialmente baixa.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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