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Hering: Credit Suisse corta preço-alvo enquanto espera retomada da economia

03 set 2020, 11:55 - atualizado em 03 set 2020, 12:52
Hering
Nas grandes cidades, as megalojas terão um papel fundamental para a companhia, que pretende converter entre 10 e 15 lojas nesse formato em 2020 e 2021 (Imagem: Facebook/Hering)

A Hering (HGTX3) caminha em direção à normalidade. Em uma reunião com os analistas do Credit Suisse, Thiago Hering e Rafael Bossolani, respectivamente COO e CFO da companhia, comentaram que as vendas alcançaram 90-92% dos níveis de 2019 nos últimos dias, apoiadas pela reabertura das lojas físicas e pelo grande crescimento do e-commerce.

Na avaliação de Victor Saragiotto e Pedro Pinto, autores do relatório divulgado pelo banco aos clientes, a recuperação nos volumes e o rápido avanço dos canais digitais devem ajudar gradualmente as margens a atingir níveis mais saudáveis. Os analistas acreditam que a situação começará a normalizar a partir de setembro, com a nova coleção sendo vendida a preços cheios.

“Isso não significa, no entanto, que a margem bruta vai retornar ao seu potencial total, já que alguns custos de ociosidade devem persistir sobre o perfil de manufatura da Hering enquanto os volumes permanecem abaixo do ideal”, destacaram.

Expansão

Outro ponto levantado pela administração da Hering na reunião foi a expansão dos negócios. A companhia está confiante com a retomada dos planos em 2021, visto que as taxas de juros mais baixas devem incentivar os investimentos em franquias.

De acordo com o Credit Suisse, os formatos mais compactos ganharão importância, ajudando na distribuição das operações da Hering em cidades menores.

“Parece que existem boas oportunidades na conversão de lojas multimarcas para unidades compactas e especializadas da Hering. Dos 130 formatos básicos que serão abertos no próximo ano, 60% são conversões (as lojas convertidas performaram até agora 25-30% melhor do que as lojas multimarcas anteriores)”, afirmaram Saragiotto e Pinto.

Nas grandes cidades, as megalojas terão um papel fundamental para a companhia, que pretende converter entre 10 e 15 lojas nesse formato em 2020 e 2021.

A administração também está atenta a potenciais fusões e aquisições que possam surgir no futuro.

Hering-Roupas
O Credit Suisse decidiu manter uma postura mais cautelosa sobre a Hering (Imagem: LinkedIn/Cia. Hering)

Incertezas falam mais alto

Apesar de reconhecer que existem fatores de crescimento para a Hering, o Credit Suisse relembrou que a companhia continua enfrentando dificuldades antigas, agravadas pelo coronavírus.

“Nos últimos oito anos, a companhia não entregou crescimento em receitas”, comentaram Saragiotto e Pinto. “Os resultados mais recentes revelaram incertezas sobre a sustentabilidade do nível de vendas para o canal multimarcas. Essas incertezas aumentaram com os desafios impostos pela pandemia de covid-19”.

O Credit Suisse decidiu manter uma postura mais cautelosa até que o cenário macroeconômico nebuloso passe e a companhia comece a mostrar melhorias em seus resultados. O banco reiterou a recomendação neutra da ação e cortou o preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 32 para R$ 24.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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