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Hidrovias: analistas chamam atenção para valuation em níveis “muito atraentes”

17 mar 2021, 15:03 - atualizado em 17 mar 2021, 15:09
Hidrovias do Brasil
A empresa apurou lucro líquido de R$ 37 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 13 milhões do ano passado (Imagem: Hidrovias do Brasil/Divulgação)

Os resultados da Hidrovias do Brasil (HBSA3) agradaram os analistas do BTG, que destacam os valuation em níveis “muito atraentes” da companhia.

De acordo com Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Ricardo Cavalieri, a empresa negocia a um preço sobre lucro (P/L) de 11,6 vezes, enquanto os seus concorrentes negociam, na média, a 22,2 vezes. Além disso, o TIR (Taxa Interna de Retorno) está em 10,3%, em termos reais, “um grande prêmio para seus principais pares”.

“Há espaço para um re-rating múltiplo à medida que entregam o plano de crescimento esperado e desenvolvem novos projetos”, afirmam.

Resultados

A empresa apurou lucro líquido de R$ 37 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 13 milhões do mesmo período de 2019. A cifra ficou acima da projeção de R$ 23 milhões.

A receita líquida de R$ 358 milhões superou em 27% a expectativa do BTG.

Já os volumes transportados caíram 15%, impulsionados por um fraco desempenho na operação de cabotagem.

“Essa queda foi ocasionada por problemas no cais de descarga utilizado pelo cliente e sem impacto nos resultados, pois o contrato é no formato take-or-pay (contratos de longo prazo)”, afirmou.

O grande destaque ficou com o corredor do norte, que inclui as hidrovias da bacia do Amazonas, com alta de 31%, enquanto o corredor sul registrou uma queda de 8% prejudicada pela crise hídrica.

As vendas do Porto de Santos e Sal foram de R$ 15 milhões (23% acima do esperado) e a margem EBITDA ajustada totalizou 62%.

Para 2021, o BTG afirma que os investidores devem ficar de olho no desempenho de grãos, no risco hidrológico do rio Sul e a na atualização do leilão do Ferrogrão, que ainda está em avaliação pelo Tribunal de Contas da União.

A corretora tem recomendação de compra para a Hidrovias, com preço-alvo de R$ 11, o que implica valorização de 94%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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