Internacional

Hollywood prepara cenas de cinema onde ninguém toca ninguém

02 jun 2020, 12:07 - atualizado em 02 jun 2020, 12:07
Os cineastas também devem recorrer a imagens geradas por computador para substituir interações da vida real na tela (Imagem: Pixabay)

Para reiniciar as produções interrompidas e, ao mesmo tempo, oferecer proteção contra o coronavírus, pesos-pesados de Hollywood recomendam que os roteiros sejam alterados para minimizar o contato físico.

Cineastas também devem recorrer a imagens geradas por computador para substituir interações da vida real na tela.

As recomendações fazem parte de um documento escrito por grandes estúdios e sindicatos. A esperança é retomar as operações depois da paralisação quase completa do setor em março, quando a pandemia de coronavírus atingiu a Europa e os Estados Unidos.

Atores, equipes e cineastas ficaram sem trabalho desde então, e o fechamento de cinemas custou à indústria cerca de US$ 1 bilhão por mês em vendas nos EUA.

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Veja as Recomendações

Embora ainda não esteja claro quando os aspectos mais físicos da indústria do entretenimento poderão ser retomados, o documento mostra que o setor começa a concordar com condições de trabalho seguras – um componente crucial para trazer de volta produções suspensas, como os novos filmes “Matrix” e “Missão Impossível”.

As recomendações sugerem que o vírus terá enorme impacto nas condições de trabalho nos próximos meses. Recomenda-se que programas de TV ao vivo, como programas de entrevistas, tragam convidados apenas caso a caso.

Pessoas que não precisam estar nos estúdios, como escritores, devem trabalhar remotamente. E as audições devem ser feitas via videoconferência.

O documento também recomenda que atores e pessoas no set sejam monitorados para identificar sintomas de coronavírus e mantenham distância de 1,8 metro quando possível.

Segundo a proposta, as superfícies precisam ser higienizadas e a presença da equipe deve ser escalonada o máximo possível para evitar a interação física.

O documento foi escrito por uma força-tarefa que incluiu representantes da Walt Disney, Netflix, Apple e outros estúdios.

Os sindicatos que representam trabalhadores em todo o setor e a Alliance of Motion Picture and Television também participaram.

bloomberg@moneytimes.com.br