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Hong Kong deve abater 1.900 suínos após casos de peste suína africana; há risco de novo surto na China?

27 nov 2023, 10:55 - atualizado em 27 nov 2023, 10:57
suínos china
Entre 2018 e 2019, um surto de grandes proporções na China devastou a produção do país e beneficiou as exportações do Brasil (Imagem: Pixabay)

Hong Kong, região administrativa especial da China, ordenou o abate de 1.900 suínos após relato do segundo caso de peste suína africana (PSA) em apenas um mês.

O Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação (AFCD) disse na quinta-feira (23) que planejava abater cerca de 1.900 porcos de um rebanho em 25 de novembro, depois que o vírus foi descoberto em uma fazenda de suínos local.

A exploração suinícola licenciada em Lau Fau Shan, na zona rural de Yuen Long, perto da fronteira com a China continental, testou positivo para o vírus da PSA depois de os funcionários terem recolhido amostras de 62 porcos.

Há risco de novo surto na China?

Entre 2018 e 2019, a peste suína africana, que pode atingir até 100% de mortalidade entre os animais, devastou a produção de carne suína na China.

Na ocasião, o Brasil foi extremamente beneficiado, já que o país asiático, grande consumidor de carne suína, passou a importar do Brasil, o que resultou em um grande incremento nas exportações domésticas.

De acordo com Fernando Iglesias, analista de proteína animal na Safras & Mercado, esses casos registrados não devem gerar grandes problemas para a China.

“Como esse é um caso que acontece apenas em Hong Kong, não há preocupações em relação aos mercados. Acredito que daqui para frente serão registrados casos esporádicos, e, pelo montante financeiro alocado dentro da atividade, é provável que a PSA esteja apenas em produções mais familiares, e não industriais. De qualquer forma, não há dúvidas de que o surto entre 2018 e 2019 beneficiou o Brasil, mas, para o momento, não há grandes riscos”, explica.

*Com Reuters

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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