Hypera (HYPE3) segue confiante em iniciar venda de genérico de Ozempic em 2026
A Hypera (HYPE3) está otimista em conseguir aprovação para a venda de medicamentos emagrecedores baseados em semaglutida (genérico de Ozempic) logo depois da queda da patente no Brasil, prevista para março do próximo ano, o que deverá fazer da empresa uma das primeiras a atuar em uma categoria com vendas de bilhões de reais por ano no país.
“Os prazos de aprovação da Anvisa estão mais demorados em relação a quando os ‘business cases’ foram montados […], mas temos boas expectativas daqui para frente que essa fila se reduza e a gente consiga antecipar nossos lançamentos”, disse o presidente-executivo do grupo farmacêutico, Breno de Oliveira, em conferência com analistas após os resultados de terceiro trimestre.
Segundo Oliveira, o mercado de medicamentos análogos ao hormônio GLP-1, em que a semaglutida está inserida, movimenta cerca de R$ 10 bilhões por ano, equivalente a 8% do mercado farmacêutico total, “e a semaglutida é metade disso”.
- LEIA TAMBÉM: Tenha acesso às recomendações mais valorizadas do mercado sem pagar nada; veja como receber os relatórios semanais do BTG Pactual com o Money Times
“Nosso objetivo é participar com marca… equipe de visitação médica… com preços e margens melhores”, disse o presidente da Hypera, citando que parceiros da empresa para a produção não emitiram indicações de que poderá haver limitações à quantidade a ser produzida.
Questionado sobre o desempenho da companhia no atual trimestre, Oliveira citou que a continuação em outubro de temperaturas baixas em importantes localidades, como São Paulo, “está impactando” o mercado e que o crescimento das vendas está sendo semelhante ao registrado pela empresa no terceiro trimestre.
A Hypera teve crescimento de 8,3% no chamado “sell-out” — a venda de farmácias a consumidores finais — no trimestre passado em relação ao mesmo período de 2024, com destaque para categorias que incluem antigripais.
Às 14h07, as ações da companhia lideravam as altas do Ibovespa (IBOV), mostrando valorização de 5,02%, cotada a R$ 24,50, enquanto o índice tinha alta de 1,03%.
No mercado institucional, que inclui governo e grupos de saúde, a Hypera está buscando ser “um pouco mais competitiva” no curto prazo em preços de algumas moléculas em que a companhia ainda tem capacidade ociosa, disse o executivo.
Oliveira citou que no médio e longo prazos, nesse segmento institucional, a empresa tem foco em aumentar participação no mercado privado.
“Esse crescimento vai vir mais do privado que do público e da entrada em categorias estratégicas, como oncológicos, em que começaremos a ter os primeiros produtos a partir de 2026”, disse o presidente da Hypera.