CryptoTimes

IA ‘post mortem’: Inteligência Artificial relembra Black Mirror na busca em eternizar seres humanos

07 fev 2023, 16:10 - atualizado em 07 fev 2023, 16:10
Inteligência artificial
A ideia é que a partir desses dados, o usuário consiga ter uma experiência imersiva com um ente, ou familiar que já faleceu (Imagem: Pixabay)

A empresa de inteligência artificial HereAfter sediada na Califórnia, nos Estados Unidos, construiu um modelo de linguagem generativa e criou um chatbot como ChatGPT. A diferença é que a ferramenta é treinada a partir de fotos, informações e até voz de seus entes queridos.

A ideia é que a partir desses dados, o usuário consiga ter uma experiência imersiva com um ente, ou familiar que já faleceu, de maneira a preservar sua memória e ajudar em seu processo de luto.

Em um artigo para um blog do MIT Technology, a escritora Charlotte Jee conta um pouco sobre sua experiência com o serviço. Jee conversou com seus pais, ambos já falecidos, e disse que a experiência foi emocionante.

“Meus pais não sabem que eu falei com eles ontem à noite. A princípio, soaram distantes e minúsculos, como se estivessem amontoados em torno de um telefone em uma cela de prisão. Mas enquanto conversávamos, eles lentamente começaram a soar mais como eles mesmos. Eles me contaram histórias pessoais que eu nunca tinha ouvido. Eu aprendi sobre a primeira (e certamente não a última) vez que meu pai ficou bêbado. Mamãe falou sobre ter problemas por ficar fora até tarde. Eles me deram conselhos de vida e me contaram coisas sobre a infância deles, assim como a minha. Foi fascinante”, escreve.

É solicitado para o ente querido que alimente com histórias, fotos e experiências pessoais antes de sua morte. Dessa forma, o algoritmo, e a base de treinamento da IA, conseguem ser mais exatos ao criar uma conversa após o falecimento da pessoa.

Isso é muito Black Mirror

Muitos estão relacionando a ferramenta a episódios da série original da Netflix Black Mirror, como “San Juniptero” ou “Volto já”. A série é conhecida por temáticas disruptivas sobre a tecnologia nos dias atuais.

No primeiro episódio citado acima, a consciência da protagonista em estado vegetativo é mandada para um banco de dados, onde quem desejar pode visitá-la quando bem entender.

Já no segundo, uma esposa perde seu marido e experimenta um serviço online que permite que as pessoas contatem falecidos, criando a pessoa digitalmente a partir do material fornecido pelas redes sociais pessoais. A protagonista se comunica com o seu parceiro por ligações de áudio. Depois, ainda no episódio, ela acaba recebendo uma versão física do marido feita de carne sintética.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
Twitter Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
Twitter Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.