Mercados

Ibovespa fecha em leve alta com Wall Street nas máximas históricas; dólar cai a R$ 5,40

11 dez 2025, 18:14 - atualizado em 11 dez 2025, 18:14
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(Imagem: Freepik/ Montagem: Julia Shikota)

O Ibovespa (IBOV) oscilou ao longo da sessão, mas firmou alta nas últimas horas da sessão com índices de Wall Street nas máximas históricas no pregão seguinte ao corte nos juros nos Estados Unidos.

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Nesta quinta-feira (11), o principal índice da bolsa brasileira terminou as negociações com leve alta de 0,07%, aos 159.189,10 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4044, com queda de 1,17%

No cenário doméstico, a cena política continuou no radar. 

Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que anunciou a pré-candidatura à Presidência na semana passada, reafirmou que seu “preço” para desistir da corrida eleitoral é dar lugar ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que compre pena em carceragem da Polícia Federal, em Brasília, por tentativa de golpe ao Estado e está inelegível.

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“Ou seja, não há preço”, disse Flávio em enrevista ao podcast Irmãos Dias nesta tarde.

Também nesta tarde, o Palácio do Planalto confirmou oficialmente um telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ocorrido no último dia 2.

Segundo a nota, a conversa foi curta e tratou da situação na América do Sul e Caribe e da pacificação na região.

Em evento realizado pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, em Minas Gerais, Lula mencionou a última conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a qual disse que não quer guerra na América Latina e se ofereceu como um mediador nas negociações entre EUA e Venezuela. “Disse a Trump que acredito mais no poder da palavra do que no poder da arma.”

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O mercado também reagiu à decisão de política monetária. Ontem (10), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a Selic em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva, em uma decisão unânime.

O comunicado manteve a postura do Comitê de que a estratégia “em curso” de manutenção do nível da taxa de juros por período bastante prolongado passou a ser adequada – antes vista como  “suficiente” – para assegurar a convergência da inflação à meta. Foi mantida a ênfase de que o Copom seguirá vigilante e, “como usual”, não hesitará em retomar o ciclo de ajustes “caso jugue apropriado”.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), os pesos-pesados sustentaram o índice no azul.

As ações da Vale (VALE3) foram as mais negociadas do mercado brasileiro mais uma vez, com alta de quase 2% com fluxo de capital estranheiro, apesar da fraqueza do minério de ferro. Os papéis da mineradoras terminaram o dia cotados no nível de R$ 72, o maior valor desde fevereiro de 2023.

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A entrada de capital ‘gringo’ também beneficiou os bancos. Já as ações da Petrobras (PETR4) acompanharam o desempenho do petróleo Brent e recuaram cerca de 2%. O contrato mais líquido da commodity, para fevereiro de 2026, encerrou com baixa de 1,47%, a US$ 57,60 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

A ponta positiva do Ibovespa, porém, foi liderada por Hapvida (HAPV3), que registrou alta de mais de 3% em recuperação da perdas recentes. Apesar do ganho, as ações da operadora de saúde acumulam desvalorização de 58% no ano, figurando como o segundo papel com pior desempenho no Ibovespa em 2025.

Suzano (SUZB3) encabeçou a ponta negativa, com baixa de mais de 4%, com reação ao Investidor Day. A companhia atualizou as projeções e, entre as mudanças, passou a estimar um capex de R$ 10,9 bilhões em 2026, 18% menor do que o de 2025. 

Para o Itaú BBA, as novas estimativas mostrou mudanças limitadas em comparação com a sua previsão anterior e se alinhou com as expectativas do banco. “A gestão também atualizou as suas visões sobre o equilíbrio entre oferta e demanda na indústria para os próximos anos, observando que o crescimento orgânico da demanda e a substituição fibra-por-fibra irão mais do que compensar o impacto negativo dos movimentos de verticalização na China”, escreveu a equipe liderada por Daniel Sasson.

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Exterior 

Os índices de Wall Street continuaram a reagir à decisão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).

Ontem (10), o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, como o esperado. Essa foi a terceira redução consecutiva.

A decisão, mais uma vez, não foi unânime: Stephen Miran votou pelo corte de 0,50 ponto percentual, enquanto Austan Goolsbee e Jeffrey Schmid optaram por manter o Fed Funds na faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Sendo assim, o placar ficou 9 a 3, a maior dissidência desde setembro de 2019.

Em destaque, as ações da Oracle (ORCL) derreteram mais de 15% após previsões pessimistas e maiores despesas de capital alimentarem preocupações de que seus investimentos maciços em inteligência artificial (IA) estejam demorando mais do que o esperado para dar retorno. Os resultados desencadearam uma liquidação de ações de tecnologia.

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Confira o fechamento dos índices:

  • Dow Jones: +1,34%, aos 48.704,01 pontos – no maior nível nominal histórico;
  • S&P 500: +0,21%, aos 6.901,00 pontos – no maior nível nominal histórico; 
  • Nasdaq: -0,26%, aos 23.593,85 pontos.

Na Europa, os índices fecharam em alta com corte nos juros dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,55%, aos 581,34 pontos.

Na Ásia, os índices encerraram majoritariamente em queda. O índice Nikkei, do Japão, teve baixa de 0,90%, aos 50.148,82 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,04%, aos 25.530,51 pontos. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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