Mercados

Ibovespa interrompe sequência de ganhos e fecha em leve queda com Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3); dólar avança

12 nov 2025, 18:16 - atualizado em 12 nov 2025, 18:33
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(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Depois de engatar 15 altas consecutivas e renovar recordes por 12 sessões seguidas, o Ibovespa (IBOV) fez uma ‘breve’ pausa no ritmo de ganhos. O índice foi pressionado pela recalibragem das expectativas sobre a Selic, pela forte queda do petróleo e por balanços corporativos.

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Nesta quarta-feira (12), o Ibovespa terminou as negociações em novo recorde nominal com queda de 0,07%, aos 157.632,90 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,2932 com alta de 0,38%.

No cenário doméstico, os investidores dividiram as atenções entre a política monetária e dados macroeconômicos. 

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou que a autoridade monetária continua perseguindo a meta de inflação de 3% e que as comunicações da instituição não apontam, necessariamente, para os próximos passos do BC.

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Segundo ele, é natural que exista debate no mercado sobre o futuro da política monetária. Porém, ele deixou um recado para quem busca pistas nas comunicações do BC: “Nossas comunicações e ações se baseiam em fatos e em dados. Portanto, se alguém entendeu que alguma declaração nossa foi um sinal sobre o que o BC pode vir a fazer no futuro, entendeu errado”.

Entre os dados, o setor de serviços cresceu 0,6% em setembro na comparação mensal, marcando o oitavo mês consecutivo de alta e renovando o ápice da série histórica. O número também ficou acima da expectativa do mercado.

Altas e quedas do Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa (IBOV), as ações da Petrobras (PETR4;PETR3) pressionaram o desempenho da carteira teórica do índice. Os papéis da estatal, um dos pesos-pesados, caíram mais de 2% na esteira do petróleo Brent no mercado.

Os contratos mais líquidos do Brent, referência para o mercado internacional, para janeiro, tiveram recuo de 3,76%, a US$ 62,71 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, em meio a preocupações com excesso de oferta da commodity em 2026. 

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Ainda entre os pesos-pesados, Banco do Brasil (BBAS3) também figurou entre as maiores quedas na expectativa pelos resultados do terceiro trimestre (3T25). O banco divulga o balanço ainda hoje e o mercado espera os números abaixo das previsões.

Apesar das quedas, a ponta negativa foi liderada por  CVC (CVCB3) em reação ao balanço do 3T25. Os resultados foram ‘fracos’, na avaliação do BTG Pactual. 

Já a ponta positiva foi encabeçada por Taesa (TAEE11) com os números do trimestre. O balanço veio “em linha, como de costume”, nas palavras dos analistas Raul Cavendish e Bruno Vidal, da XP.  

Além do balanço, a companhia de transmissão elétrica anunciou distribuição de proventos.

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Exterior 

Os índices de Wall Street encerraram a sessão sem direção única. Os investidores reagiram ao avanço das negociações no Congresso para um novo financiamento da máquina pública. O ‘shutdown‘, o mais longo da história do país, completou o 43º dia.

Há a expectativa de aprovação de um pacote de financiamento provisório do governo pela Câmara dos Representantes ainda hoje (12).

Os republicanos atualmente detêm uma estreita maioria de 219-213 na Câmara. Mas o apoio do presidente Donald Trump ao projeto de lei deve manter seu partido unido diante da oposição veemente dos democratas da Câmara.

Na última segunda-feira (10), oito democratas do Senado romperam com a liderança do partido para aprovar o pacote que estenderá o financiamento até 30 de janeiro, deixando o governo federal em um caminho para continuar adicionando cerca de US$ 1,8 trilhão por ano à sua dívida de US$ 38 trilhões.

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Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • Dow Jones: +0,68%, aos 48.254,82 pontos — no maior nível nominal histórico;
  • S&P 500: +0,06%, aos 6.850,92 pontos; 
  • Nasdaq: -0,26%, aos 23.406,45 pontos.

Na Europa, os mercados fecharam em alta com apetite ao risco. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em recorde com avanço de 0,71%, aos 584.23 pontos. Com os fortes ganhos os índices FTSE 100, de Londres, fechou no maior nível nominal histórico aos 9.911,42 pontos (+0,12%) e DAX, de Frankfurt, também renovou o recorde aos 8.241,24 pontos (+1,04%).

Na Ásia, os índices também encerraram em tom positivo. O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,43%, aos 51.063,31 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, teve ganho de 0,85%, aos 26.922.73 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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