Mercados

Ibovespa sobe 2% e dólar opera no menor nível em um ano após IPCA; como andam os mercados nesta terça-feira (12)?

12 ago 2025, 13:18 - atualizado em 12 ago 2025, 13:41
ações alta
Ibovespa sobe mais de 2% com dados de inflação no Brasil e nos EUA abaixo do esperado; dólar opera nas mínimas do ano (Imagem: iStock/ guoya)

O Ibovespa (IBOV) volta a se aproximar do nível histórico dos 140 mil pontos nesta terça-feira (12). Nas primeiras três horas de pregão, o índice saltou mais de 2,6 mil pontos.

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Por volta de 13h (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira renovou a máxima intradia aos 138.414,25 pontos, com avanço de 2,06%. 



O “gatilho” para a forte alta é a percepção de que há um espaço para juro menor após novos dados de inflação, reação positiva a balanços e forte desempenho das blue chips.

Em destaque, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCAsubiu 0,26% em julho, ante expectativa de 0,35%. A inflação acumula alta de 3,26% entre janeiro e julho e de 5,23% em 12 meses. Em reação, as taxas de Depósitos Interfinanceiros (DIs) tocam mínimas intradia e operam abaixo de 14% pela primeira vez desde meados de maio.

“O IPCA ficou melhor do que o esperado, tanto em termos gerais quanto qualitativos. As principais surpresas de queda vieram da alimentação no domicílio e de bens industriais. Em termos qualitativos, a surpresa negativa no núcleo de bens industriais compensou a surpresa positiva no núcleo de serviços. No geral, o resultado foi positivo”, avaliaram os economistas Adriano Valladão e Matheus Chaves, do Santander.

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As ações da Sabesp (SBSP3) e do BTG Pactual (BPAC11) saltam mais de 10% e lideram a ponta positiva do Ibovespa após balanços com números acima do esperado pelo mercado. Entre as blue chips, Petrobras(PETR3; PETR4) e Vale (VALE3) têm alta de mais de 1%.

O impasse nas negociações comerciais com os Estados Unidos e a expectativa de um plano de contingência para empresas e setores afetados pela tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros imposta pelo presidente norte-americano, Donald Trumpficam em segundo plano.

E o dólar?

O dólar em queda ante as moedas globais, como euro e libra, com os investidores reagindo a dados de inflação nos Estados Unidos — que reforçaram as expectativas de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) na próxima reunião, em setembro.

Por volta de 13h, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, caía 0,46%, no nível dos 98,060 pontos.

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Na comparação com o real, o dólar operava no menor nível em um ano. No mesmo horário, a divisa norte-americana operava a R$ 5,3942 (-0,88%).



Wall Street em alta

Os índices de Wall Street operam em forte alta com a expectativa de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) já na próxima reunião, que acontece entre os dias 16 e 17 de setembro.

A aposta de corte nos juros ganhou força após novos dados de inflação do país. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,2% em julho, abaixo do esperado e acumula alta de 2,7% em 12 meses.

Embora o CPI não seja o indicador inflacionário de referência para o Fed, o dado é usado para calibrar as expectativas sobre a trajetória dos juros na maior economia do mundo.

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Após o dado, o mercado passou a precificar uma probabilidade de quase 91% de um corte de 25 pontos-base nos juros no próximo mês, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, o que levaria a taxa para a faixa de 4,00% a 4,25% ao ano. Antes do CPI, a chance era de 85%. Os investidores também aumentaram suas apostas em cortes nos juros em outubro e dezembro.

No mercado acionário, o índice S&P 500 opera nas máximas intradia históricas. Por volta de 13h1o (horário de Brasília), o S&P 500 subia 0,85%, aos 6.427,43 pontos; Dow Jones tinha alta de 1,06%, aos 44.442,32 pontos, e Nasdaq avançava 0,97%, aos 21.593.62 pontos.

Ásia e Europa

Na Ásia, os índices fecharam majoritariamente em alta com a extensão da trégua tarifária entre Estados Unidos e China por mais 90 dias, anunciado ontem (11) pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Entre os principais índices asiáticos, o Nikkei, do Japão, subiu 2,15% e renovou recorde histórico aos 42.718,17 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, teve ganho de 0,25%.

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Na Europa, os mercados terminaram o pregão de olho nos dados dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com alta de 0,24%, aos 548,07 pontos.

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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