Ibovespa tem respiro após recorde e fecha em queda com Azul (AZUL4); dólar sobe a R$ 5,63

Depois de renovar as máximas históricas, o Ibovespa (IBOV) deu um respiro e operou volátil em meio a ajustes no mercado local e no exterior.
Nesta quarta-feira (13), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 138.422,84 pontos, com queda de 0,39%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6327, com alta de 0,43% ante o real.
No cenário doméstico, a temporada de balanços corporativos chegou na reta final, concentrando ainda boa parte das atenções dos investidores. Hoje, o mercado também acompanhou novos dados econômicos.
O volume de serviços cresceu 0,3% em março, um pouco abaixo da expectativa dos analistas consultados pela Reuters, de avanço de 0,4%. Em fevereiro, o crescimento foi de 0,9%. O setor acumulou ganho de 1,2% entre fevereiro e março, após recuo de 0,5% em janeiro, e está 0,5% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em outubro de 2024.
Nos primeiros três meses de 2025, o volume de serviços acumulou queda de 0,2%, interrompendo uma sequência de sete trimestres seguidos de ganhos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street operaram sem direção única, com os investidores monitorando a viagem do presidente Donald Trump ao Oriente Médio e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed).
Em destaque, a Qatar Airways assinou um acordo para comprar até 210 jatos de grande porte da fabricante de aeronaves norte-americana Boeing durante a visita de Trump.
Na véspera (13), Nvidia e Advanced Micro Devices (AMD) anunciaram “parcerias” com empresas da região. Entre os maiores acordos, a Nvidia disse que venderá centenas de milhares de chips de IA na Arábia Saudita, sendo o primeiro lote de 18.000 de seus mais novos chips “Blackwell” destinado a Humain, uma startup de IA recém-lançada pelo fundo soberano saudita.
Já a fabricante de chips Advanced Micro Devices também firmou um acordo com a Humain, afirmando ter firmado uma colaboração de US$10 bilhões.
No campo macroeconômico, o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, disse que os dados recentes sobre a inflação apontam para um progresso contínuo em direção ao cumprimento da meta de 2%, mas a perspectiva ainda é incerta.
“Se os aumentos das tarifas anunciados até agora forem mantidos, é provável que interrompam o progresso da desinflação e gerem pelo menos um aumento temporário da inflação”, disse Jefferson em comentários preparados para um evento do Fed de Nova York.
“Se as tarifas criarão uma pressão persistente de alta sobre a inflação dependerá de como a política comercial será implementada, do repasse aos preços ao consumidor, da reação das cadeias de oferta e do desempenho da economia”, acrescentou.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
- Dow Jones: -0,21%, aos 42.051,06 pontos;
- S&P 500: +0,70%, aos 5.892,58 pontos;
- Nasdaq: +0,72%, aos 19.146,81 pontos.