Ibovespa (IBOV) renova recorde e testa 146 mil pontos com corte de juros nos EUA

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quarta-feira (17), renovando máximas e testando o patamar dos 146 mil pontos pela primeira vez, após o banco central dos Estados Unidos confirmar expectativas e cortar os juros e sinalizar mais reduções neste ano.
O índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 1,06%, a 145.593,63 pontos, novo recorde para o fechamento, chegando a 146.330,9 pontos no melhor momento da sessão, renovando o topo histórico intradia. Na mínima, marcou 143.910,14 pontos.
Nos EUA o S&P 500 perdeu 0,10%, para 6.600,13 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 0,33%, para 22.260,85 pontos. O Dow Jones subiu 0,56%, para 46.012,75 pontos.
O dólar à vista fechou esta quarta a R$ 5,3012, alta de 0,06%, após tocar a mínima de R$ 5,27 na esteira da decisão de política monetária do Federal Reserve.
O Fed reduziu a taxa de referência em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 4% a 4,25% ao ano, após cinco reuniões consecutivas de manutenção.
No entanto, o presidente do BC americano, Jerome Powell, disse que vê, no curto prazo, riscos de alta da inflação e piora do mercado de trabalho. Com isso, o dólar ganhou força durante a sessão.
Para William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, a novidade dessa vez ficou por conta do tom mais dovish no comunicado.
Ele acrescentou que o Fed adicionou em sua comunicação três frases que denotam essa maior preocupação: “os riscos negativos para o emprego aumentaram”, “os ganhos de empregos desaceleraram” e “a taxa de desemprego aumentou ligeiramente”.
“Isso é importante, uma vez que denota uma postura de continuidade de novos cortes olhando a frente”, disse Alves.
No Brasil, investidores aguardam a decisão do Copom, prevista para as 18h30, que deve manter a Selic em 15% ao ano.
Destaques no Ibovespa
Bradesco (BBDC4) saltou 3,47% em dia de desempenho sólido para bancos privados no Ibovespa, com Itaú Unibanco (ITUB4) avançando 1,42%, Santander Brasil (SANB11) subindo 2,29% e BTG Pactual (BPAC11) em alta de 1,43%. Na contramão, Banco do Brasil (BBAS3) perdeu força ao longo do pregão e encerrou em queda de 0,32%.
Magazine Luiza (MGLU3) disparou 5,31%, ampliando os ganhos acumulados em setembro, com perspectivas para os juros nos Estados Unidos neste ano e no Brasil no próximo dando suporte a ações de setores cíclicos.
Petrobras (PETR4) avançou 0,6%, resistindo ao recuo dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent fechou em baixa de 0,76%.
Vale (VALE3) terminou praticamente estável, em alta de 0,17%, pressionada pela fraqueza dos preços do minério de ferro na China, diante do aumento dos embarques do Brasil e de perspectivas cautelosas para a demanda por aço. O contrato futuro mais negociado em Dalian recuou 0,12%.
*Com informações da Reuters