Mercados

Ibovespa salta mais de 2% e retoma os 137 mil pontos com ‘efeito Powell’; dólar cai a R$ 5,42

22 ago 2025, 17:32 - atualizado em 22 ago 2025, 17:50
Ações Dividendos B3 Selic trimestre
(Imagem: iStock.com/traffic_analyzer)

O Ibovespa (IBOV) pegou carona do apetite ao risco do exterior com expectativas de corte nos juros dos Estados Unidos em breve e saltou quase 3,5 mil pontos.

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Nesta sexta-feira (22), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com alta de 2,57%, aos 137.968,15 pontos. Durante a sessão, o Ibovespa chegou ao patamar dos 138 mil pontos.  Na semana, o índice acumulou alta de 1,19%. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4258, com queda de 0,97%. Na semana, a divisa teve valorização de 0,52% ante o real. 

No cenário doméstico, o governo apresentou mais detalhes sobre o plano de contingência voltado para empresas e setores afetados pelas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros. 

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que o banco de fomento vai direcionar R$ 10 bilhões complementares em financiamentos, além dos R$ 30 bilhões em crédito já anunciados.

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Segundo ele, o plano terá como prioridade oferecer crédito incentivado para empresas que tenham registrado impacto de no mínimo 5% do faturamento proveniente de exportações de produtos tarifados pelos EUA.

Em coletiva de imprensa sobre o plano, Mercadante disse ainda que o BNDES coordenará a implementação das operações de crédito em apoio aos setores e estimou um total de R$ 22,5 bilhões em garantias para micro, pequenas e médias empresas.

As atenções, porém, ficaram concentradas no exterior. O esperado discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole elevou as expectativas de uma flexibilização da política monetária na maior economia do mundo

No Brasil, a expectativa de corte nos Estados Unidos também teve reflexo na curva de juros futuros, com algumas casas de análises antecipando a projeção de flexibilização da Selic pelo Banco Central.

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Alta generalizada do Ibovespa

Nenhuma ação do Ibovespa (IBOV) encerrou a sessão desta sexta-feira (22) em queda. Os principais beneficiados pelo otimismo geral foram as ações cíclicas — também chamadas de domésticas, sendo mais sensíveis a fatores macroeconômicos como as taxas de juros.

Natura (NATU3) encabeçou as altas com salto de mais de 8%, com o forte alívio na curva de juros futuros. Cogna (COGN3), Cyrela (CYRE3) e Azzas 2154 (AZZA3) também figuraram como as maiores altas do índice.

Entre os pesos-pesados do Ibovespa, Petrobras (PETR3; PETR4) foi a ação mais negociada na B3.  A estatal, além do apetite ao risco, foi impulsionada pelo desempenho do petróleo no mercado internacional.

As ações dos bancos reduziram as perdas após uma semana de incertezas sobre a aplicação das sanções individuais impostas pelos Estados Unidos. Banco do Brasil (BBAS3) encerrou com alta de mais de 4% e figurou com o papel mais negociado da bolsa brasileira.

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Exterior 

Os índices de Wall Street fecharam em forte alta, com destaque para o recorde histórico do Dow Jones.

O mercado elevou as expectativas de corte nos juros dos Estados Unidos. Durante o Simpósio de Jackson Hole, presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell disse que “a política em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar ajustes” na postura da autoridade monetária — o que foi lido pelo mercado como uma sinalização de corte nos juros.

Na Europa, os principais índices acionários também ganharam fôlego na esteira de Wall Street após falas de Powell. Em destaque, o FTSE 100, de Londres, fechou a sessão em recorde e teve o melhor desempenho semanal desde maio. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,40%, aos 561,30 pontos.

Na Ásia, os índices fecharam sem direção única. Entre os principais índices asiáticos, o Nikkei, do Japão, subiu 0,05% e o Hang Seng, de Hong Kong, teve avanço de 0,93%.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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