Mercados

Ibovespa tem leve alta com Braskem (BRKM5), mas recua 1% na semana; dólar cai a R$ 5,64

23 maio 2025, 17:18 - atualizado em 23 maio 2025, 17:21
temporada de balanços
Ibovespa estendeu as perdas da véspera com ruídos sobre aumento do IOF e cenário fiscal dos Estados Unidos (Imagem: iStock.com/hernan4429)

O Ibovespa (IBOV) teve uma sessão volátil em meio a reação do mercado às mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e ameaça tarifária dos Estados Unidos contra a União Europeia.

Nesta sexta-feira (23), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 137.824,29 pontos, com alta de 0,40%. Na semana, o Ibovespa acumulou baixa de 0,98%.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6470, com queda de 0,45% ante o real. No acumulado das últimas cinco sessões, a divisa caiu 0,40% frente à moeda brasileira. 

No cenário doméstico, os investidores operaram com mais aversão a risco após o Ministério da Fazenda confirmar o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para crédito de empresas, previdência privada (VGBL, mais especificamente) e câmbio no noite de ontem (22).

Na tentativa de reduzir a tensão dos agentes financeiros, a pasta recuou sobre o aumento do imposto sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior e remessas internacionais para investimentos.

Durante a tarde, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, se posicionou contra as mudanças do IOF, mas afirmou que o governo deve ser louvado por ter suprimido com agilidade parte da medida que estabelecia um aumento do imposto sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior e remessas internacionais para investimentos.

Sobre a política monetária, Galípolo disse que o BC manterá cautela na condução dos juros em um ambiente de incerteza. “O que a cautela quer dizer é que, dado o estágio que nós estamos na política monetária e dada a incerteza, o Banco Central não deveria fazer o movimentos bruscos”, afirmou. Hoje, a taxa básica de juros, a Selic, está em 14,75% ao ano.

Altas e quedas no Ibovespa 

As ações da Braskem (BRKM5) ganharam fôlego no início da tarde desta sexta-feira (23) e passaram a operar entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) até o final da sessão. A disparada dos papéis acontece após a notícia de que o empresário Nelson Tanure fez um oferta de aquisição da petroquímica recentemente. As informações são do colunista d’O Globo, Lauro Jardim.

Já a ponta negativa foi liderada pelas ações cíclicas, em meio à cautela sobre as mudanças no IOF. Azzas 2154 (AZZA3) e Magazine Luiza (MGLU3) figuraram entre as maiores quedas.

Entre os pesos-pesados, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) encerrou a sessão em tom negativo, na contramão do desempenho do petróleo. Vale (VALE3) também estendeu as perdas em meio à fraqueza do minério de ferro.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street registraram mais um pregão de baixas na véspera do feriado de Memorian Day. Na próxima segunda-feira (26), os mercados permanecerão fechados.

Hoje (23), os investidores reagiram à novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump. O chefe da Casa Branca anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre a importações dos produtos da União Europeia no país, que deve entrar em vigor em 1º de junho.

Trump também disse que Apple (AAPL) terá que pagar uma taxa de 25% para importar os produtos nos Estados Unidos, caso não forem fabricados no país. Em reação, as ações AAPL, listadas no índice Nasdaq, caíram mais de 2%.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • Dow Jones: -0,61%, aos 41.603,07 pontos;
  • S&P 500: -0,67%, aos 5.802,82 pontos; 
  • Nasdaq: -1,00%, aos 18.737,21 pontos.

Na semana, os índices acumularam queda de mais de 2%.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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