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Ibovespa cai com Petrobras (PETR4) e destoa de Wall Street; dólar recua a R$ 5,50

23 jun 2025, 17:22 - atualizado em 23 jun 2025, 17:29
Queda-Ibovespa-fundos imobiliários
O Ibovespa acompanhou a derrocada do petróleo e fechou em queda, destoando do desempenho de Wall Street (Imagem: iStock/hernan4429)

O Ibovespa (IBOV) teve mais um dia negativo, estendendo as perdas da sessão anterior, em meio à aversão ao risco com a escalada das tensões no Oriente Médio após a entrada dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã. A derrocada do petróleo pressionou as ações da Petrobras (PETR3;PETR4), um dos pesos-pesados do índice.

Nesta segunda-feira (23), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 136.550,50 pontos, com queda de 0,41%. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5032, com queda de 0,39% ante o real.

No cenário doméstico, os investidores operam em compasso de espera pela ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na última quarta-feira (18), o colegiado elevou a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), de 14,75% para 15,00% ao ano e sinalizou uma pausa no ciclo de altas nos juros.

Os economistas ouvidos pelo Banco Central também elevaram a projeção para a Selic de 14,75% para 15% ao final de 2025 no primeiro Boletim Focus após Copom, divulgado hoje (23).

Altas e quedas no Ibovespa 

O Ibovespa foi pressionado pela forte queda das ações da Petrobras (PETR3;PETR4), que acompanharam a derrocada do petróleo. Os papéis da estatal caíram quase 3%, sendo os mais negociados da B3.

Os contratos mais líquidos do Brent, com vencimento em setembro, encerraram a sessão com queda de 6,67%, a US$ 70,52 o barril na International Exchange (ICE), em Londres, após uma retaliação “simbólica” do Irã aos ataques dos Estados Unidos, ocorridos no último fim de semana.

Ainda entre os pesos-pesados do índice, Vale (VALE3) subiu mais 1% em linha com a melhora do desempenho do minério de ferro. O avanço limitou as perdas do Ibovespa.

A ponta positiva do índice, porém, foi liderada por  BRF (BRFS3). A companhia informou que as assembleias de acionistas para aprovar a fusão da empresa com a Marfrig estão marcadas para o dia 14 de julho.

Inicialmente, as assembleias estavam previstas para o dia 18 de junho, mas foram adiadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após pedido de mais informações sobre a transação. A decisão do órgão também “atrasou” o processo de incorporação da Marfrig pela BRF, formando a MBRF.

Já a ponta negativa foi liderada por  Cosan (CSAN3). Os papéis da companhia estenderam as perdas da sessão anterior ainda pressionados pela revisão do Citi.

Exterior 

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street encerraram a sessão em alta com a avaliação de que a resposta do Irã aos ataques dos Estados Unidos, ocorridos no último fim de semana, foi “contida”.

O país persa retaliou os EUA na tarde desta segunda-feira (23) com mísseis de curto e médio alcance em direção à base militar norte-americana no Catar.

A ofensiva iraniana, porém, foi menor do que a esperada, com a percepção de que o ataque de Teerã foi “simbólico” e que a possibilidade do fechamento do Estreito de Ormuz se tornou mais distante.

Segundo uma autoridade dos EUA à agência de notícias Reuters, nenhum míssil atingiu a base aérea militar norte-americana de al Udeid, no Catar. Já o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a resposta do Irã foi “muito fraca”.

Na Ásia, os índices fecharam sem direção única. O índice Nikkei, do Japão, caiu 0,13%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 0,67%.

Na Europa, os índices também encerraram a sessão em queda, de olho nos desdobramentos da entrada dos EUA no conflito entre Israel e Irã. O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou o pregão com queda de 0,28%, aos 535,03 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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