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Ibovespa avança 1% e acompanha recordes de Wall Street após acordo EUA-Japão; dólar cai a R$ 5,52

23 jul 2025, 17:33 - atualizado em 23 jul 2025, 19:03
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O Ibovespa avançou 1% e segurou os 135 mil pontos com apetite ao risco externo após novos acordos tarifários dos EUA (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) acompanhou o apetite ao risco do exterior com negociações comerciais dos Estados Unidos e voltou ao tom positivo, mas ainda no nível dos 135 mil pontos.

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Nesta quarta-feira (23), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com alta de 0,99%, aos 135.368,27 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5230, com queda de 0,79%

No cenário doméstico, os investidores concentraram as atenções nos resultados corporativos.

O Relatório de Receitas e Despesas Primárias do terceiro trimestre, divulgado na terça-feira (22), ficou em segundo plano. O governo federal reduziu a projeção de contenção de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões: o contigenciamento caiu de R$ 20,7 bilhões para zero e o bloqueio teve uma leve alta de R$ 10,6 bilhões para R$ 10,7 bilhões.

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Na avaliação do BTG Pactual, as novas projeções fiscais são “realistas”, mas carregam “um risco de frustação”.

Altas e quedas no Ibovespa

Com o otimismo quase generalizado, apenas seis ações encerraram em queda no Ibovespa. A ponta negativa foi liderada por WEG (WEGE3), com reação aos números do segundo trimestre (2T25).

A companhia reportou um lucro líquido de 1,59 bilhão entre abril e junho, alta de 10,4% na comparação anual. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 6,5%, somando R$ 2,26 bilhões, com margem de 22,1%. Já a receita líquida avançou 10,1%, para R$ 10,21 bilhões.

Na avaliação dos analistas, a fabricante reportou um o crescimento mais fraco da receita, abaixo do consenso, e sinais de desaceleração em segmentos importantes, como geração eólica e projetos industriais. As incertezas tarifárias também pesaram sobre a ação. 

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As ações da Vale (VALE3) também figuraram na ponta negativa, em reação à prévia operacional. A mineradora  produziu mais do que esperado no segundo trimestre de 2025, com melhora em minério de ferrocobre níquel, o que parte de analistas avaliou como positivo.

Petrobras (PETR3;PETR4), que é um dos pesos-pesados, subiu mais de 2% e operou na contramão do petróleo Brent. Pela manhã (23), a estatal anunciou um acordo com a Shell e PPSA para a produção do pré-sal de Jubarte, localizada na Bacia de Campos.

Os investidores também operaram na expectativa pelo relatório de produção e vendas, considerado uma prévia do balanço do segundo trimestre (2T25). Os números serão divulgados na próxima semana.

O destaque da ponta positiva do Ibovespa, porém, foi MRV (MRVE3). A companhia estendeu os ganhos da véspera.

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Ontem (22), o Santander reiterou a recomendação de compra para as ações da construtora. Para os analistas, a companhia continua com um valuation atraente, apesar do impacto negativo das baixas contábeis da Resia nos resultados de curto prazo.

“As ações da MRV oferecem uma assimetria positiva, em nossa visão, dada a combinação de uma avaliação deprimida e um posicionamento técnico favorável (mais de 25% do free float está vendido a descoberto)”, disse o Santander em relatório.

Exterior 

Os índices de Wall Street  fecharam em forte alta com os desdobramentos das negociações tarifárias entre os Estados Unidos e os países parceiros — que injetaram apetite ao risco dos investidores. S&P 500 e Nasdaq renovaram os recordes históricos de fechamento.

Ontem (22), presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um acordo com o Japão —  melhor do que o esperado. A tarifa “recíproca” sobre os produtos japoneses à importação no território norte-americano será de 15%, 10 pontos percentuais a menos do que o anunciado por Trump no início de julho.

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Além do Japão, acordos com a Filipinas e Indonésia foram anunciados na véspera (22).

Como resultado, as movimentações elevaram as expectativas para um acordo com a União Europeia antes do prazo final de negociações e início das tarifas “recíprocas” em 1º de agosto. Um acordo com a China também está no radar: os representantes comerciais dos dois países devem ser reunir na próxima semana na Suécia.

Na Ásia, os índices fecharam em alta com o acordo tarifário entre EUA e Japão.  O índice Nikkei, do Japão, subiu 3,51%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 1,62%.

Na Europa, os mercados terminaram o pregão em tom positivo com expectativas de um acordo comercial entre a Casa Branca e a União Europeia antes do prazo final de 1º de agosto. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com alta de 1,08%, aos 550,22 pontos. Em destaque, o índice acionário de Londres, o FTSE 100, renovou recorde nominal histórico aos 9.061,49 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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