Ibovespa: A oportunidade que a volatilidade da Bolsa oferece aos traders

No dia 29 de dezembro de 2022, último dia de operação da B3 no ano que se encerrou, o Ibovespa fechou com queda de 0,46%, indo de 110.237 mil pontos para 109.735 pontos.

No primeiro dia útil de 2023, 2 de janeiro, novo recuo, desta vez bem maior, de 3,06%, caindo para 106.376. Voltou a subir a partir do dia 4 e, em 10 de janeiro o IBOV já havia recuperado suas perdas de início de ano, ao atingir 110.817 mil pontos. Acima, aliás, da pontuação de fechamento do ano passado.

É importante mostrar estes números por duas razões. A primeira para que os leitores mais leigos possam perceber que a volatilidade é normal na Bolsa de Valores.

Especialistas, meios de comunicação buscam sempre alguma razão mais profunda, muitas vezes de cunho político, para justificar o sobe e desce. Porém, independentemente de qualquer discurso ou ação, o mercado financeiro tem como característica a valorização e a desvalorização constantes dos papéis negociados.

Obviamente que certas palavras e determinadas ações de nossos governantes podem sim, influenciar para o bem ou para o mal.

Mas a volatilidade tende a ocorrer, mesmo que não haja nenhum fato novo. E é essa movimentação, aparentemente sem lógica, que proporciona bons ganhos para os traders. Desde que, antes de arriscarem invistam no próprio preparo, em conhecimento. Como eu disse, a movimentação parece não ter lógica, mas tem.

E é preciso ter muito entendimento para lucrar com a compra e venda de ações.

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Aproveitando o momento como exemplo do que estou falando, no domingo, 8 de janeiro, houve o ataque ao centro do poder em Brasília.

Fato gravíssimo que poderia levar à fuga de investimentos. Mas não foi o que aconteceu. O processo de valorização da Bolsa teve início no dia 4 de janeiro e não sofreu nenhuma interrupção desde então, apesar de tudo o que aconteceu.

A verdade é que se não existisse volatilidade, ninguém ganharia. Imagine um trader ou qualquer outro investidor comprar uma determinada ação por R$ 20 hoje e, meses depois, ela continuar a custar os mesmos R$ 20. Como não é assim, é possível fazer dinheiro diariamente. Mas repito, desde que o trader esteja devidamente preparado.

A própria movimentação do Ibovespa no primeiro dia do ano, quando sua queda foi acentuada, mostra como esse movimento é saudável. No dia 2 de janeiro, o IBOV iniciou o dia aos 109.734 pontos e encerrou em 106.376.

No decorrer do dia, no entanto, o índice sofreu um sobe e desce constante. Seu patamar mais baixo foi 105.981. Ou seja, quem resolveu comprar quando ela estava em seu pior momento, ainda assim ganhou dinheiro porque ela voltou a subir um pouquinho antes de fechar.

Então, quem tem faro para o mercado, consegue lucrar diariamente. Perde também. Mas só perde muito quem não sabe negociar.

Quem conhece a lógica, faz lucro e para na hora certa deixando para voltar a arriscar no dia seguinte, sem ansiedade e com muita consciência. Bolsa não é jogo de azar como muitos podem acreditar. Mas pode se transformar em algo semelhante para aqueles que arriscam com base em intuição e não em conhecimento.

Há quem prefira investir no longo prazo. Nada contra. Mas, da mesma forma, é preciso saber como fazer.

Quem comprou o índice no ato da abertura em 29 de dezembro, quando ele estava em 110.237 pontos, viu despencar para 104.166 no dia 3 de janeiro e depois subir paulatinamente até chegar aos 110.817 pontos em 10 de janeiro.

Variação positiva de 0,53%. Isso pode se repetir ao longo do tempo.

Você investe, a bolsa sobe e desce constantemente e, dois ou três anos depois de idas e vindas você descobre que esperou tanto tempo por causa de uma valorização pífia. Pode ocorrer o contrário e valorizar muito? Sim, pode.

E exemplos não faltam. Mas nesse caso, além de muito conhecimento e decisões corretas é preciso ter muita paciência, esperar demais.

No mundo do day trade, a necessidade de conhecimento é igual, mas o tempo de espera é bem menor.