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Ibovespa amplia perdas e perde patamar de 100 mil pontos com preocupações fiscais

26 ago 2020, 15:15 - atualizado em 26 ago 2020, 15:17
Mercados Ibovespa
O volume financeiro somava 19,2 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa (IBOV) acelerou as perdas para mais de 2% na tarde desta quarta-feira, abaixo dos 100 mil pontos, com novas evidências de desacordo do presidente Jair Bolsonaro com a sua equipe econômica acentuando preocupações com a situação fiscal do país.

ÀS 14:45, o Ibovespa recuava 2,43%, a 99.638,35 pontos.

O volume financeiro somava 19,2 bilhões de reais.

A deterioração ocorreu após declarações de Bolsonaro de que rejeitou proposta apresentada pelo Ministério da Economia para o Renda Brasil porque ficou insatisfeito com os cortes de programas como o abono salarial para financiar o novo projeto, e disse que o texto não será enviado ao Congresso.

“O mercado está reduzindo exposição a risco, com receios novamente sobre a permanência de Paulo Guedes no governo, além da piora fiscal”, afirmou o responsável pela área de renda variável da corretora de um banco em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado.

Ações de bancos figuravam entre as maiores pressões de baixa, com Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4)  recuando 3%. Ainda no setor financeiro, B3 (B3SA3) também pesava, com queda de 4%.

Petrobras (PETR4)  recuava 3,19%, enquanto os preços do petróleo no exterior mostravam pequenas variações.

Petrobras (PETR3) perdia 3,16%.

Entre as poucas altas da sessão, Magazine Luiza (MGLU3) subia 1,48%, após anunciar programa de recompra de até 10 milhões de ações, e Notre Dame (GNDI3) Intermedica valorizava-se 2,24% na esteira de acordo para aquisição do Grupo Medisanitas Brasil.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 (SPX) e o Nasdaq (US100), subiam apoiados em ações de tecnologia após resultados e projeções positivas de empresas como Salesforce e HP Enterprise.

reuters@moneytimes.com.br