Mercados

Ibovespa avança 6,6% com ânimo sobre ritmo de contágio do Covid-19

07 abr 2020, 13:06 - atualizado em 07 abr 2020, 13:08
Às 13:05, o Ibovespa subia 6,6%, a 78.958,18 pontos (Imagem: REUTERS/Rahel Patrasso)

A bolsa paulista engatava mais uma sessão de fortes ganhos nesta terça-feira, com o Ibovespa se aproximando dos 80 mil pontos, em movimento novamente apoiado no sentimento mais positivo dos mercados globais em relação ao ritmo de contágio do Covid-19.

Às 13:05, o Ibovespa (IBOV) subia 6,6%, a 78.958,18 pontos. Na máxima até o momento, o Ibovespa chegou a 79.855,48 pontos. O volume financeiro era de 9,76 bilhões de reais. Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 6,52%, a 74.072,98 pontos.

“A melhora no quadro de mortes relacionadas ao Covid-19 na Europa e nos EUA continua promovendo a volta do apetite pelo risco nos mercados”, observou a equipe da Guide Investimentos, em relatório a clientes mais cedo nesta terça-feira.

Para os analistas da corretora, as disputas internas na política atrapalham, mas a bolsa deve continuar se beneficiando da melhora da dinâmica no exterior. Em Nova York, o S&P 500 avançava 1,3%

Nesse contexto, o mercado acionário local relevava decisão da véspera da agência Standard & Poor’s de mudar para “estável”, de “positiva”, a perspectiva para o rating do Brasil, citando os efeitos econômicos e fiscais da pandemia.

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou nesta terça-feira que o setor público brasileiro caminha para registrar um déficit primário de até 500 bilhões de reais neste ano por causa do impacto da crise do Covid-19.

Destaques

Yduqs (YDUQ3) e Cogna (CONG3) avançavam 21% e 9,8%, respectivamente, encontrando suporte na retomada do apetite a risco, uma vez que o papéis têm sofrido com preocupações sobre o efeito da pandemia no ritmo de atividade do setor, bastante sensível a dados de emprego e renda.

BR Distribuidora (BRTD3) valorizava-se 19,4%, também experimentando recuperação após sofrer vendas com as perspectivas de menor demanda de combustíveis. Ultrapar (UGPA3) subia 10,2%. Cosan (CSAN3) mostrava ganho de 7,5%.

Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) subiam 7,7% e 5,5%, respectivamente, referendando a segunda alta seguida do Ibovespa, com o setor como um todo mostrando ganhos expressivos na esteira da melhora do apetite a risco.

Petrobras (PETR4) tinha elevação de 6,4% e Petrobras (PETR3) mostrava aumento de 6%, encontrando respaldo na alta dos preços do petróleo no mercado externo. O Credit Suisse reduziu o preço-alvo do ADR para 14 dólares, de 21 dólares antes, mas manteve a recomendação ‘outperform’.

Vale (VALE3) avançava 3%, acompanhando o movimento de papéis de mineração e siderurgia na Europa, diante das perspectivas mais positivas para a retomada da economia chinesa após o efeito negativo do novo coronavírus.

Azul (AZUL4) tinha alta de 8,3%, com a sessão marcada pela divulgação de dados de tráfego em março, que refletiram os primeiros impactos da pandemia de Covid-19. Gol (GOLL4) subia 8%. A aérea suspendeu suas projeções e estima manter a maior parte de sua frota em terra em abril e maio.

Notre Dame (GNDI3) subia 12%, em meio ao sentimento mais positivo em relação ao ritmo de contágio do novo coronavírus. No setor de saúde, Hapvida (HAPV3) avançava 10%.

Suzano (SUZB3) caía 1,3%, entre as poucas baixas da sessão, marcada pelo declínio do dólar ante o real. O papel também vem de uma valorização de mais de 11% nos primeiros pregões de abril. Klabin (KLBN11) mostrava acréscimo de 3,5%.

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