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Ibovespa perde fôlego com volatilidade em NY e foco voltado para Trump; Braskem sobe 5%

16 abr 2020, 12:08 - atualizado em 16 abr 2020, 12:11
Mercados - Ibovespa
Ibovespa sobe 8% em abril, apesar de volatilidade (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nos primeiros negócios desta quinta-feira, acompanhando o viés de praças na Europa e futuros acionários nos Estados Unidos, tendo no radar a possibilidade de início de normalização da atividade econômica.

A queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na última semana em relação a anterior, embora ainda tenha superado 5,2 milhões de registros, corroborava a alta dos pregões.

As atenções estão voltadas principalmente para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu anunciar nesta quinta-feira “novas orientações” para a reabertura da economia norte-americana, afirmando que o país passou do pico de novos casos.

Às 12:08, o Ibovespa (IBOV) caía 0,54%, a 78.403,85 pontos.

No exterior, o futuro do norte-americano S&P 500 avançava 0,45%, e o FTSE 100 à vista, em Londres, ganhava 0,5%.

Apesar do sinal positivo, os mercados seguem fragilizados, conforme ainda persistem preocupações sobre o tamanho do estrago nas economias causado pelo Covid-19.

Donald Trump
As atenções estão voltadas principalmente para o presidente dos Estados Unidos que prometeu anunciar nesta quinta-feira “novas orientações” para a reabertura da economia (Imagem: REUTERS/Tom Brenner)

Na visão do analista Jasper Lawler, do London Capital Group, dados econômicos ruins nos últimos dias e previsões do FMI para uma recessão grave estão despertando “alarmes sobre a atual recuperação do mercado”.

Na véspera, o Ibovespa à vista caiu 1,36%, acompanhando o ajuste negativo em Wall Street, com volume financeiro recorde, inflado pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. Em abril, ainda sobe quase 8%.

Destaques

Ecorodovias (ECOR3) caía 4%, tendo de pano de fundo nova queda no tráfego de veículos – de 23,1% no período de 16 de março a 14 de abril em relação ao intervalo de 18 de março e 16 de abril de 2019. CCR (CCRO3) perdia 1,25%.

CSN (CNSA3) mostrava declínio de 2,2%, com o setor de mineração e siderurgia novamente entre os destaques negativos.

Analistas do Credit Suisse publicaram relatório após encontro com a administração da companhia, destacando que a mesma relatou que suas operações não sofreram nenhuma interrupção relacionada ao Covid-19 até agora, mas que a demanda por aços planos foi muito fraca em abril e maio (potencialmente caindo de 40 a 50% em relação aos níveis do primeiro trimestre).

“Se essa situação persistir, eles podem optar por encerrar temporariamente o alto-forno número 2”, escreveram os analistas. No setor, Vale (VALE3)  perdia 2,3%.

Petrobras (PETR4) recuava 1,1%, conforme os preços do petróleo não tinham fôlego para sustentar uma recuperação.

Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) caíam 0,4% e 0,3%, respectivamente, também pesando no Ibovespa. Banco do Brasil (BBAS3), por sua vez, tinha variação negativa de 0,7%.

Braskem (BRKM5) avançava 6%, mais uma vez entre os destaques positivos.

Lojas Americanas (LAME4) subia 4,2%, com o setor de varejo também entre os destaques positivos, tendo pano de fundo liberação de auxílio-emergencial para população, entre outras medidas a fim de estimular a economia.

(Atualizada às 12h08 – Horário de Brasília)

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