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Ibovespa: Bolsa brasileira está barata. É hora de investir? Saiba o que a Rico indica

07 jun 2022, 9:50 - atualizado em 07 jun 2022, 9:50
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Ibovespa está descontada, segundo análises (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

Para a Rico Corretora, é hora de investir no Ibovespa, já que a Bolsa brasileira está barata, ou “descontada”. Segundo a análise da corretora, são cinco os motivos principais para essa afirmação.

A Rico analisa que “apesar de a bolsa brasileira estar próxima dos 110 mil pontos (que é próximo da máxima histórica de quase 130 mil pontos e distante dos 67 mil pontos que presenciamos na histórica queda de 2020), olhar apenas o preço, ou números absolutos, não diz muito sobre o mercado”. A corretora ainda afirma que, para uma análise mais precisa, “o ideal é olhar para os múltiplos e dados relativos”.

Como primeiro item, para confirmar o descontamento do Ibovespa, a Rico aponta o fato de o Brasil estar barato quando comparado com a sua própria média histórica.

“Uma boa forma de comparar se um investimento de renda variável está barato é considerar seu múltiplo em relação ao seu histórico. Atualmente, o Preço/Lucro do índice Ibovespa negocia a 6,8x, um desconto de 40% em relação à média histórica dos últimos 15 anos em 11,3x”, diz a análise, com base em dados da XP Research e da Bloomberg.

Em segundo lugar, a Rico afirma que o Brasil continua barato mesmo com as commodities sendo removidas da equação, isso porque, como aponta a casa de análises, “algumas empresas de materiais básicos e energia do país são negociadas historicamente com múltiplos baixos”.

“Isso pode, algumas vezes, distorcer a informação, já que, apesar de um grande percentual do Ibovespa ser composto por commodities, existem muitas outras empresas no índice para podermos dizer que a bolsa está barata. Quando removemos as empresas ligadas aos setores de Materiais e Energia, o P/L vai para 10,6x, que continua abaixo dessa média histórica de 12,0x”, continua a Rico.

Em terceiro lugar, a Rico também remove as empresas do setor financeiro, com uma lógica parecida com a do ponto anterior, removendo, assim, “outro peso do Ibovespa para poder calcular o desconto da nossa bolsa”.

Segundo a Rico, ao remover as empresas de Materiais, Energia, e do setor Financeiro do Ibovespa, o P/L negociado atualmente em 14,1x, fica ainda um pouco abaixo da média de 14,5x dos últimos anos.

Como quarto ponto, o Ibovespa afirma que “a maioria dos setores estão negociando com o P/L abaixo ou próximos das médias históricas” e que “a maioria dos setores do índice Ibovespa negociam com seu indicador P/L próximos ou abaixo de suas médias de longo prazo, com as únicas exceções sendo os setores de Tecnologia e Indústria”.

Por fim, a Rico afirma que o Brasil está barato quando comparado com outros mercados.

“O Brasil não está apenas barato em relação ao seu próprio histórico, mas também quando comparamos com outros mercados globais. Hoje, o P/L do Ibovespa negocia com um desconto de 61% em relação ao mesmo indicador do S&P 500 (principal bolsa americana), desconto muito maior do que a média histórica de desconto de ao redor 30%”, diz a análise.

A Rico continua sua análise afirmando que “o Brasil também negocia atualmente com um desconto de 40% em relação ao P/L do Mercados Emergentes, quando ambos os índices tenderam a negociar em patamares similares no passado”.

Apesar disso, a corretora cita que ainda existe um risco em relação à renda variável brasileira.

“Mantemos uma posição relevante em bolsa brasileira para os clientes com perfil mais arrojado e com um horizonte de investimento de longo prazo”, diz a Rico. “O mundo vive em um movimento de inflação alta, taxas de juros subindo e preocupações com o crescimento econômico mundial. Todo esse ‘tempo nublado’ no mundo dos investimentos têm gerado um movimento de aversão ao risco e consequentemente colaborado para a bolsa estar descontada”, continua.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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