Mercados

Ibovespa flerta com 121 mil pontos; Cia Hering dispara

15 abr 2021, 10:23 - atualizado em 15 abr 2021, 12:39
Hering
Às 11:50, o Ibovespa subia 0,36%, a 120.730,73 pontos (Imagem: Aluísio Alves/REUTERS.)

O Ibovespa (IBOV) buscava se manter acima dos 120 mil pontos nesta quinta-feira, beneficiado pelo sinal positivo em pregões europeus e futuros acionários norte-americanos, com noticiário corporativo também no radar, incluindo a recusa pela Cia Hering à proposta de fusão da Arezzo.

Às 11:50, o Ibovespa subia 0,36%, a 120.730,73 pontos, engatando a quarta alta seguida. Na máxima, atingiu 121.408,72 pontos. O volume financeiro somava 9 bilhões de reais.

“O Ibovespa iniciou o rompimento da reta de resistência que passava aos 119.300 e na confirmação deste movimento, teria caminho livre para tentar novamente seu topo máximo, que ficou marcado aos 125.300, nível de pressão vendedora, que poderia motivar uma futura correção”, segundo análise técnica da Ágora.

Na visão do o economista-chefe da RIVA Investimentos, Pedro Nunes, apesar do desempenho do Ibovespa, o mercado brasileiro poderia estar em outro patamar se a questão fiscal doméstica fosse solucionada. “Mas ela continua sendo postergada.”

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Destaques

CIA Hering (HGTX3) disparava 26% após a varejista de moda divulgar na véspera que recusou uma proposta de fusão feita pela fabricante de calçados e acessórios Arezzo.

Arezzo (ARZZ3), que não está no Ibovespa, saltava 8,5%.

JBS (JBSS3) valorizava-se 2,7%, seguida pelas rivais Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3). Analistas do Credit Suisse reiteraram perspectiva “bullish” para a JBS, após encontro com o presidente-executivo da unidade norte-americana Pilgrim’s Pride, citando que ela pode ser uma surpresa positiva nos resultados de 2021.

Vale (VALE3) subia 1,1%, dando suporte adicional, com o setor de mineração e siderurgia ainda beneficiado pelas perspectivas de reabertura pós-Covid e estímulos fiscais monetários e econômicos fortes no exterior para reavivar as economias, além de ambiente favorável ao preço de aço no Brasil.

Iguatemi (IGTA3) avançava 2,15%, em sessão de recuperação de ações de shopping centers entre outras companhias que tendem a se beneficiar da reabertura da economia e seguem sendo atingidas por medidas de isolamento social.

GPA (PCAR3) caía 2,7%, em sessão de ajustes, uma vez que acumula apenas em abril valorização de quase 13%, em meio a potencial desinvestimento que acarretaria em evento de liquidez para o varejista alimentar.

Petrobras (PETR4)  cedia 0,2%, em sessão de variações comportadas dos preços do petróleo no exterior.

O Ministério de Minas e Energia aprovou acordo que prevê compensações de 6,45 bilhões de dólares à petroleira no caso de leilão de excedentes da cessão onerosa nos campos de Sépia e Atapu.

Itaú Unibanco (ITUB4) tinha acréscimo de apenas 0,1% e Bradesco (BBDC4) oscilava ao redor da estabilidade, dado o cenário ainda de incertezas no Brasil.

reuters@moneytimes.com.br