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Ibovespa começa julho abaixo dos 98 mil pontos sem alívio em preocupação com economia

01 jul 2022, 11:56 - atualizado em 01 jul 2022, 12:06
Ibovespa
Às 11:13, o Ibovespa caía 0,63%, a 97.916,44 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa renovou mínimas desde novembro de 2020 nesta sexta-feira, ainda enfraquecido pelas preocupações com o risco de uma recessão econômica global, além dos receios com o cenário fiscal no Brasil, que derrubaram o Ibovespa em junho.

Às 11:13, o Ibovespa caía 0,63%, a 97.916,44 pontos.

Na mínima, chegou a 97.584,62 pontos, menor patamar intradia desde 4 de novembro de 2020.

O volume financeiro somava 4,5 bilhões de reais.

Na quinta-feira, o Ibovespa caiu 1,08%, a 98.541,95 pontos, acumulando uma queda de 11,5% em junho, pior performance desde março de 2020, quando foi duramente afetado pelo alastramento da pandemia pelo Brasil.

“A inflação e os aumentos das taxas de juros continuam a pesar negativamente na percepção de risco dos investidores”, afirmou a equipe da XP Investimentos.

Eles destacaram que as pressões inflacionárias continuam aumentando, levando BCs a adotar uma política monetária agressiva de aperto e exacerbando os temores de uma desaceleração econômica global.

“Apesar da mudança de semestre, o sentimento global permanece sombrio”, afirmaram, citando ainda a guerra na Ucrânia, que não mostra sinais de que chegará ao fim no curto prazo.

No exterior, Wall Street mostra certa hesitação, com o S&P 500 recuando 0,29%.

Entre as commodities, o petróleo avançava, mas o minério de ferro na China fechou em queda.

Investidores também estão atentos aos riscos fiscais domésticos, principalmente após a aprovação pelo Senado na véspera de PEC que cria novos benefícios, com um impacto de cerca de 40 bilhões de reais nas contas públicas.

As discussões sobre corte de impostos, subsídios a combustíveis, verbas emergenciais mais elevadas e outras medidas para aliviar os efeitos da inflação na população de baixa renda estão, segundo o BTG Pactual, aumentando a percepção de risco.

A equipe de estratégia do banco também destacou, em relatório com as recomendações para o mês, que tais medidas também têm adicionado incertezas sobre mudanças na atual âncora fiscal pelo próximo governo.

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Destaques

Vale (VALE3) recuava 2%, uma vez que os preços do minério de ferro caíram nesta sexta-feira na Ásia, com o risco de forte desaceleração econômica global alimentando temores de queda na demanda por commodities, apesar dos sinais de uma recuperação na atividade manufatureira na China.

Marfrig (MRFG3) subia 4,5%, com o setor de proteínas na ponta positiva.

BRF (BRFS3) avançava 4,7%, Minerva (BEEF3) tinha alta de 3% e JBS (JBSS3) mostrava acréscimo de 1,2%.

Fleury (FLRY3) caía 3,4%, em sessão de ajustes, após disparar 16% na véspera, na esteira de anúncio da aquisição do Instituto Hermes Pardini (PARD3).

No setor de saúde, REDE D’OR (RDOR3) recuava 3,6%.

Americanas (AMER3) perdia 3,2%, com varejistas ainda do lado negativo do Ibovespa, dado o cenário de inflação elevada no país e perspectivas de que os juros no país fiquem em níveis elevados por mais tempo.

Magazine Luiza (MGLU3) caía 2,1% e VIA (VIIA3) cedia 0,5%.

Petrobras (PETR3PETR4) mostrava declínio de 0,75%, revertendo os ganhos apurados mais cedo, quando chegou a subir 1,4%, a 28,32 reais, em mais uma sessão de alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

Itaú Unibanco (ITUB4) caía 0,8% e Bradesco (BBDC4) recuava 0,7%.

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