Ibovespa: Como os mercados responderam ao aval de Jair Bolsonaro a Flávio?
O Ibovespa quase não reagiu ao aval de Jair Bolsonaro para a candidatura do seu filho, Flávio Bolsonaro em dia de liquidez reduzida. Na última quinta-feira, em pleno Natal, o ex-presidente chancelou Flavio como o candidato que terá o seu apoio.
Com isso, o índice fechou em alta de 0,27%, a 160.896 pontos, segundo dados preliminares. Já o dólar encerrou a sexta-feira pós-Natal com leve elevação ante o real de 0,25%, aos R$5,5451.
A confirmação aconteceu exatamente 20 dias após o próprio senador pelo PL ter dito que foi escolhido pelo pai, condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Na ocasião, o Ibovespa despencou mais de 4%, enquanto as taxas dos DIs e o dólar dispararam.
Desde que foi anunciado como pré-candidato, agentes do mercado tentam entender se a postulação será para valer ou se trata-se de um balão de ensaio.
A visão é de que a candidatura de Flávio reduz as chances de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), entrar na disputa pelo Planalto. Tarcísio é o nome preferido na Faria Lima e visto como mais viável que Flávio em uma eventual disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, o mercado entende que Flávio Bolsonaro é competitivo para ir para o segundo turno, mas “tem suas dúvidas sobre a possibilidade dele vencer um segundo turno”.
O estrategista pontua que no primeiro turno há uma força para conquistar eleitores que se identificam com a direita e centro-direita. No entanto, no segundo turno pode haver mais dificuldade para alcançar o eleitor que não se identifica com nenhum dos lados da polarização.