Totvs (TOTS3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto C&A (CEAB3) é a ação com pior desempenho; veja os destaques da semana

O Ibovespa (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

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A política monetária e o cenário eleitoral dominaram as atenções da primeira semana de dezembro e o Ibovespa (IBOV) renovou recordes históricos, ao mesmo tempo que vivenciou a maior liquidação intradia em quase cinco anos.

O principal índice da bolsa brasileira acumulou desvalorização de 1,07% na semana e encerrou a última sessão aos 157 mil pontos. Durante a semana, o Ibovespa superou os 165 mil pontos pela primeira vez. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a R$ 5,4318 e teve valorização de 1,82% ante o real no acumulado na semana.

Por aqui, o humor do mercado ‘azedou’ no pregão de sexta-feira (5), zerando os ganhos da semana, com a eventual candidatura de Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência nas eleições do próximo ano, com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro – que cumpre condenação por tentativa de golpe de estado em carceragem da Polícia Federal, em Brasília, e é considerado o líder da direita brasileira.

Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado. O movimento da família Bolsonaro fez com que o “Trade Tarcísio” perdesse tração e tornou mais incerto o cenário eleitoral no próximo ano.

Entre os dados, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre cresceu 0,1% entre julho e setembro na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Esse foi o resultado mais fraco desde a retração de 0,1% vista nos três últimos meses de 2024. O resultado também ficou aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,2% na comparação trimestral.

Na avaliação do Itaú BBA, o PIB reforçou a expectativa de desaceleração gradual da atividade.

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O enfraquecimento da economia brasileira abriu espaço, na avaliação do mercado, para o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciar o ciclo de afrouxamento monetário já na primeira reunião de 2026.

Na última atualização, com data de referência de ontem (4), o contrato de Opções de Copom da B3 apontava a chance de 61% de o BC cortar os juros em janeiro – sendo a aposta majoritária em um corte de 0,25 ponto percentual (38,5%).

Já para março, a probabilidade era de 83,5% de o BC reduzir a Selic. O corte de 0,50 ponto percentual detém a aposta majoritária, com 46,50%.

No exterior, o mercado consolidou as apostas de continuidade do ciclo de afrouxamento monetário, precificando mais de 80% de chance de o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) reduzir os juros para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano na próxima decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em dezembro.

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Sobe e desce do Ibovespa

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por Totvs (TOTS3).

Em relatório, o BTG Pactual destacou que a ação figura entre as com melhor desempenho do Ibovespa desde o fim de 2018, período em que uma nova gestão reposicionou a estratégia e impulsionou alta de cerca de 470% no papel, contra 87% do índice.

“A companhia se consolidou como favorita de investidores estrangeiros, que detêm 92% do free float, por ser uma das poucas empresas do índice capazes de crescer receita líquida organicamente perto de 20% ao ano, com expansão de margens”, afirmaram os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi, Tcha Chan e Bruno Henriques.

“Após anos em que o papel ficou praticamente estabilizado em torno de R$ 30, o rali de quase 80% neste ano aproximou a cotação dos níveis sugeridos pelos fundamentos”, acrescentaram

O banco tem recomendação de compra para TOTS3, com preço-alvo de R$ 55 no final de 2026 – o que representa um potencial de valorização de 19,8% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (5), quando a ação encerrou cotada a R$ 45,91.

Confira a seguir as maiores altas do Ibovespa entre 1º e 5 de dezembro: 

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Já a ponta negativa do Ibovespa foi encabeçada por C&A (CEAB3). Os papéis foram pressionados pela redução da participação do Grupo Cofra na composição acionária da companhia.

Na última sexta-feira (5), a varejista de moda anunciou a alienação de 66 milhões de ações ordinárias pelo acionista. Após a operação, o Grupo Cofra – que inclui a Cofra Investments S.à r.l. e a Incas S.à r.l. – passou a deter 95,3 milhões de papéis CEAB3, o que representa 30,92% do capital social da C&A.

Ainda segundo a companhia, a transação não teve objetivo de alterar o controle da empresa.

Veja as maiores quedas na semana: