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Ibovespa estende reação apesar de exterior, mas fecha semana em queda

07 jan 2022, 18:10 - atualizado em 07 jan 2022, 19:11
Mercados, Ibovespa, B3
O volume financeiro da sessão foi de 26,3 bilhões de reais (Imagem: Divulgação/B3)

O principal índice da bolsa brasileira subiu nesta sexta-feira e estendeu recuperação da véspera, apesar de um clima cauteloso nos mercados externos após a divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos.

Ações de empresas ligadas ao setor de commodities e papéis de bancos novamente deram suporte ao índice.

O Ibovespa (IBOV) subiu 1,14%, a 102.719,47 pontos, na máxima da sessão. Ainda assim, caiu 2% na semana por conta da baixa nos três primeiros pregões do ano. O volume financeiro da sessão foi de 26,3 bilhões de reais.

As bolsas norte-americanas tiveram desempenho misto, com destaque negativo para o Nasdaq, que cedeu quase 1% e fechou a semana com baixa de 4,5%.

O índice segue pressionado pela perspectiva de alta de juros nos EUA, o que tem efeito especial sobre as empresas mais dependentes crescimento e do custo de capital, como as de tecnologia.

A criação de vagas de trabalho fora do setor agrícola nos EUA em dezembro somou, em termos líquidos, 199 mil postos, disse o Departamento do Trabalho, contra estimativa de 400 mil em pesquisa Reuters com analistas.

O dado abaixo do esperado poderia jogar contra as discussões do Federal Reserve (Fed), divulgadas na quarta-feira, sobre subir os juros antes do previsto, já que ele próprio condicionou a alta nos juros a um mercado de trabalho com “pleno emprego”.

Mas na leitura do mercado, outros números divulgados nesta sexta-feira sobressaíram-se e reforçaram o discurso da ata. A taxa de desemprego, por exemplo, caiu para 3,9% em dezembro, contra estimativa do mercado de 4,1% e ante 4,2% no mês passado.

“O mercado americano continua bastante aquecido, isso a gente percebe na métrica de desemprego e nos salários subindo um pouco mais do que a expectativa”, disse Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos.

Em meio a essas discussões, o Ibovespa manteve-se no azul durante quase todo o dia.

“Parece que a gente está deixando um pouco de lado nossos problemas locais, que acabaram refletindo bastante no primeiros pregões da semana”, disse Komura. Mas ressaltou que questões como incertezas sobre a atividade econômica e a pauta fiscal devem causar bastante volatilidade no ano.

Na Europa, o índice pan-europeu STOXX 600 caiu, após a inflação na zona do euro acelerar mais do que o esperado em dezembro e diante de aumento de casos de Covid-19 na região.

Destaques

Inter (BIDI11) disparou 15,46%, maior alta desde novembro, após o UBS BB elevar recomendação para o papel, de “neutra” para “compra”, destacando potencial de alta para o ativo, que vem de quedas recentes contundentes.

XP (XP) subiu 2,4% em Wall Street após anunciar a compra de até 100% do Banco Modal. Modal, que não está no Ibovespa, saltou 44,9%.

Vale (VALE3) subiu 5,8%, após o minério de ferro ampliar ganhos na bolsa de Dalian, com otimismo sobre potencial recuperação da demanda por aço.

Siderúrgicas também tiveram pregão positivo, com Usiminas (USIM5) avançando 4,8% e CSN (CSNA3)  marcando ganhos de 4,2%.

Americanas (AMER3) caiu 5,3%, Lojas Americanas (LAME4) cedeu 5,4%, VIA (VIIA3) recuou 4,36% e Magazine Luiza (MGLU3) teve queda de 0,48%.

Petrobras (PETR4) subiu 0,46% e Petrobras (PETR3) teve alta 0,8%, enquanto 3R Petroleum (RRRP3) avançou 6,9%, mesmo com o petróleo em queda.

Petrorio (PRIO3) subiu 4,54%, após divulgar dados operacionais.

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 2,2% e Bradesco (BBDC4) teve alta de 1,45%, puxando papéis de bancos na sessão pelo segundo pregão consecutivo.

Eletrobras (ELET3) (ELET6) caíram 3,3% e 4,38%, respectivamente, na quinta baixa consecutiva.

No radar dos investidores, está o processo de privatização da companhia.

Ambev (ABEV3) caiu 1,62%, na nona queda seguida.

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