Mercados

Ibovespa fecha acima de 116 mil pontos e reverte perdas em 2020

15 dez 2020, 18:09 - atualizado em 15 dez 2020, 18:58
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O volume financeiro no pregão somou 27,2 bilhões de reais (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta de mais de 1% e acima dos 116 mil pontos nesta terça-feira, renovando máximas desde fevereiro e passando a mostrar sinal positivo no acumulado de 2020.

Perspectivas otimistas com campanhas de vacinação no exterior e o progresso em direção a mais estímulos fiscais nos Estados Unidos respaldaram apetite a risco nos mercados globais, beneficiando a bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,34%, a 116.148,63 pontos, máxima de fechamento desde 19 de fevereiro, passando a mostrar performance positiva de 0,44% no ano.

O volume financeiro no pregão somou 27,2 bilhões de reais.

Na visão de Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, o cenário externo foi fator preponderante para a alta no mercado brasileiro, com as notícias sobre o acordo nos EUA para um novo pacote, além do começo da vacinação.

“A aversão a risco diminuiu”, afirmou, ressaltando o efeito positivo desse movimento no fluxo de estrangeiros para as ações brasileiras, “que continua acentuado”.

Na B3, dados mostram saldo positivo de capital externo no mercado secundário brasileiro de 7,89 bilhões de reais em dezembro até dia 11.

Em comentários a clientes mais cedo, o BTG Pactual afirmou que o principal destaque nos mercados continua sendo a liquidez, que deve permanecer ditando os comportamento dos mercados financeiros neste mês e nos primeiros meses de 2021.

Em Nova York, o S&P 500 fechou em alta de mais de 1%, com o desfecho da última reunião de política do ano do Federal Reserve na quarta-feira também no radar.

A expectativa é de que o banco central dos EUA mantenha sua principal taxa de juros ‘overnight’ fixada perto de zero e sinalize que permanecerá nesse patamar nos próximos anos. A comunicado será divulgado às 16h.

Destaques

Vale (VALE3) avançou 1,14%, em sessão poisitiva no setor de mineração e siderurgia, em meio a dados de produção e vendas de aço.

Além disso, o Goldman Sachs elevou a recomendação de CSN  para ‘compra’ e o Morgan Stanley subiu a de Gerdau para ‘overweight’.

Gerdau (GGBR4) subiu 4,34%, Usiminas (USIM5) ganhou 3,91% e CSN  (CSNA3) evoluiu 3,45%.

Lojas Americanas (LAME4) fechou em alta de 7,49%, revertendo perdas da semana passada, beneficiada por relatório do Morgan Stanley, citando a ação como uma de suas preferidas para 2021 na América Latina, assim como Mercado Livre, que é negociada em Nova York e subiu 3,15%.

Cosan (CSAN3)  valorizou-se 6,15%, após cair mais de 10% desde o começo do mês, tendo no radar a reestruturação societária do grupo.

O Bank of America reiterou recomendação de ‘compra’ e elevou o preço-alvo, de 78 para 94 reais.

Btg Pactual (BPAC11) avançou 2,64%, tendo de pano de fundo relatório do Itaú BBA começando a cobertura de BTG, com recomendação ‘outperform’ e preço-alvo de 115 reais por unit.

No setor, Itaú Unibanco (ITUB4) fechou em alta de 0,91%.

Petrobras (PETR4) subiu 0,8%, na esteira do avanço do petróleo no exterior, com o Brent fechando em alta de 0,93%, a 50,76 dólares o barril.

A companhia anunciou aumento nas refinarias para o preço do diesel (+4% em média) e da gasolina (+3%) a partir de quarta-feira.

Cogna (COGN3) recuou 2,79%, ainda sofrendo com a frustração de investidores após evento da empresa de educação com analistas não trazer sinais sobre vendas de ativos, apesar de premissas melhores da companhia sobre geração de caixa.

TIM (TIMS3) perdeu 1,51%, um dia após grupo formado pela empresa, Telefônica Brasil e Claro vencer leilão para comprar as operações de redes móveis da Oi.

Vivo (VIVT3) caiu 0,33%.

Oi (OIBR3)  subiu 6,82%.

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