Mercados

Ibovespa fecha com novas máximas após PIB acima do esperado

01 jun 2021, 17:15 - atualizado em 01 jun 2021, 18:29
Real Moedas
O volume financeiro no pregão somava 40,2 bilhões de reais (Imagem: Reuters/Bruno Domingos)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta terça-feira, entrando em junho com novas máximas históricas, após dados do PIB brasileiro no primeiro trimestre endossarem apostas mais positivas na retomada da atividade econômica do país.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,63%, a 128.267,05 pontos, renovando recorde de fechamento. No melhor momento, chegou a 128.363,49 pontos, máxima intradia.

O volume financeiro no pregão somou 43 bilhões de reais.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% entre janeiro e março, terceiro trimestre seguido de ganhos, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 1,0% no período, conforme dados do IBGE.

O destaque foi Agropecuária, com expansão de 5,7%, mas a Indústria também teve performance positiva (+0,7%), assim como o grupo de Serviços (+0,4%). A Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, também subiu (+4,6%).

Não demorou para economistas começarem revisar para cima suas projeções para o PIB de 2021, entre eles Bank of America, Goldman Sachs, Credit Suisse, Bradesco, modalmais, entre outros.

“O mercado já vinha há algumas semanas revisando positivamente o crescimento econômico, mas com o dado de hoje, provavelmente 5% de crescimento de PIB será piso”, afirmou Pedro Menezes, membro do comitê de investimento de ações e sócio da Occam. “Falávamos de 3% há pouco tempo.”

Ele acrescentou ainda que o maior crescimento tende a se refletir em uma arrecadação maior, o que deve ajudar a situação fiscal do país no curto prazo.

Destaques

Brf (BRFS3) disparou 9,55%, em sessão marcada por leilão com ações da empresa de alimentos que teve o JPMorgan como corretora nas duas pontas.

O JPMorgan atuou como assessor financeiro da Marfrig na aquisição de cerca de 24% do capital da BRF anunciada no mês passado.

Lojas Americanas (LAME3)  avançou 7,59%, com o índice do setor de consumo na bolsa subindo 2,15%, em meio às perspectivas mais positivas para a economia brasileira.

A sua controlada de comércio eletrônico B2W (BTOW3) valorizou-se 6,54%, enquanto no setor Via Varejo (VVAR3) ainda subiu 6,63%, mas Magazine Luiza (MGLU3) avançou apenas 0,94%.

Ultrapar (UPGA3) fechou em alta 7,25%, em meio a uma notícia sobre a venda de sua unidade química Oxiteno. De acordo com o Estadão, a empresa de private equity Advent, a fabricante norte-americana de produtos químicos Stepan e a tailandesa Indorama estão disputando a companhia.

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 3,64% e Bradesco (BBDC4) avançou 2,27%, em meio ao clima mais positivo sobre a economia brasileira, consolidando as novas máximas do Ibovespa.

Petrobras (PETR4) encerrou com elevação de 1,56%, na esteira da forte alta dos preços do petróleo no mercado externo.

Vale (VALE3) cedeu 1,38%, mesmo com os futuros do minério de ferro na China saltando mais de 7% nesta terça-feira, em meio a notícias de que o polo siderúrgico de Tangshan planeja aliviar exigências de cortes de produção.

A Vale também anunciou interromperá operações de Sudbury após empregados rejeitarem acordo coletivo.

LOCAWEB caiu 5,54%, em meio a ajustes após forte recuperação na última quinzena de maio, embora tenha terminado o mês com variação negativa de 9%.

Banco Inter (BIDI11) recuou 3,6%, mantendo o sinal de baixa do mês passado, que teve uma série de anúncios, incluindo planos para listar na Nasdaq – o que resultaria na saída do papel do Ibovespa – e de oferta de ações no Brasil em que a StoneCo investirá até 2,5 bilhões de reais.

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