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Ibovespa fecha em alta pelo 8º pregão e renova máximas com impulso de bancos

07 jun 2021, 17:25 - atualizado em 07 jun 2021, 17:49
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com elevação de 0,5%, a 130.776,27 pontos (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) engatou a oitava alta seguida nesta segunda-feira, na maior série de ganhos desde 2018, renovando máximas e superando os 131 mil pontos pela primeira vez, com bancos entre os principais suportes.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com elevação de 0,5%, a 130.776,27 pontos, novo recorde de fechamento.

No melhor momento da sessão, alcançou 131.190,30 pontos – nova máxima intradia. O volume financeiro no pregão somou 33,8 bilhões de reais.

Mais cedo, refletindo ajustes e tendo de pano de fundo a queda de preços de commodities como o minério de ferro e o petróleo e a hesitação em Wall Street, o Ibovespa chegou a ceder a 129.498,16 pontos. Mas no começo da tarde já se firmou no azul.

“O Ibovespa segue com sua tendência de alta principal”, disse o analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro, chamando atenção para o desempenho de bancos, que ele cita como principal porta de entrada de estrangeiros na bolsa dada a ampla liquidez.

Dados da B3 respaldam tal percepção, com o saldo de capital externo positivo em 3,9 bilhões de reais no segmento Bovespa nos dois primeiros pregões deste mês, após entrada líquida de 12,2 bilhões de reais em maio.

Na visão do chefe de renda variável da Vero Investimentos, Alexandre Jung, embora o novo recorde demonstre apetite de investidores por vários setores, a performance dos bancos respondeu por forte impulso na sessão.

“Nas últimas semanas, os bancos têm demonstrado bastante força”, observou, atribuindo tal movimento a dados sobre retomada da economia, aumento de crédito, mas também porque esses papéis ficaram subprecificados na crise.

Da pauta macroeconômica, pesquisa Focus mostrou forte revisão nas projeções para o PIB em 2021 após a divulgação na semana passada de dados melhores do que o esperado sobre atividade econômica, com a mediana das projeções agora apontando alta de 4,36%.

No exterior, Wall Street fechou com o S&P 500 em baixa de 0,08%.

Destaques

Itaú Unibanco (ITUB4) fechou em alta de 2,35%, a 33,04 reais, chegando a 33,18 reais na máxima, maior nível intradia desde fevereiro de 2020.

O Banco Central apontou que pandemia derrubou a rentabilidade dos bancos em 2020 ao menor patamar em pelo menos dez anos, mas que a perspectiva é de melhora este ano.

Bradesco (BBDC4) valorizou-se 1,25%, Banco do Brasil (BBAS3) avançou 2,15% e Santander Brasil (SANB11) subiu 1,89%.

Banco Inter (BIDI11) caiu 3,71%, entre os destaques negativos e na contramão do setor no Ibovespa, após anunciar que escolheu os bancos para potencial follow-on, no valor fixado 57,84 por unit, bem como convocou AGE para aprovar aumento de capital de 7 bilhões de reais.

Azul (AZUL4) avançou 5,57%. Relatório do Bradesco BBI elevou a recomendação da ação a “outperform” e o preço-alvo no final de 2022 a 75 reais, acrescentando que possíveis fusões e aquisições envolvendo a companhia aérea podem reescrever a história do setor no país.

Gol (GOLL4) subiu 3,93%, com o noticiário incluindo melhora na demanda em maio e conclusão do processo de seleção de relação de troca em reorganização da Smiles.

Petrobras (PETR4) recuou 0,74%, acompanhando a fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent fechou em baixa de 0,56%, a 71,49 dólares o barril.

Vale (VALE3) caiu 0,97%, conforme o preços do minério de ferro na China recuaram nesta segunda-feira, após dados comerciais chineses moderados e menores margens de lucros em siderúrgicas terem reduzido o entusiasmo do mercado sobre as perspectivas de demanda.

No setor de mineração e siderurgia do Ibovespa, o pior desempenho foi de Csn (CMIN3), que terminou em baixa de 2,96%.

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