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Ibovespa fecha em queda com balanços sob holofotes

29 jul 2021, 17:09 - atualizado em 29 jul 2021, 17:42
Ibovespa
O volume financeiro somava 25,55 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Apesar do clima favorável no exterior, o Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quinta-feira, abaixo dos 126 mil pontos, em sessão dominada pela temporada de resultados de empresas, entre elas Vale (VALE3), GPA (PCAR3), Multiplan (MULT3) e Ambev (ABVE3).

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,48%, a 125.675,33 pontos, após subir mais de 1% na véspera. O volume financeiro no pregão somou 27,8 bilhões de reais.

Números abaixo do esperado de algumas companhias, mesmo com desempenho forte, e resultados fracos ou margens pressionadas no caso de outras acabaram prevalecendo sobre sinais positivos de algumas para a segunda metade do ano.

Para o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, o comportamento do Ibovespa nesta sessão refletiu a recepção de investidores ao balanços, que acabou ofuscando o cenário mais positivo no mercado externo.

Em Wall Street, o S&P 500 subiu 0,42%, apoiado em robustos balanços e previsões de empresas do país, enquanto dados mostraram que a economia dos Estados Unidos está acima do nível pré-pandemia.

No Brasil, a pauta macro também ocupou as atenções, com aceleração na criação de vagas formais de trabalho em junho, mas déficit primário acima do esperado para o governo central.

Destaque

Gpa (PCAR3) desabou 7,40%, após quase zerar o lucro no segundo trimestre, citando efeitos de restrições ao funcionamento de lojas com o repique da Covid-19. O grupo considerou o período “atípico” e espera uma recuperação gradual ao longo do terceiro trimestre.

Weg (WEGE3) fechou em baixa de 2,88%, em sessão de ajustes, após disparar mais de 8% na véspera na esteira do resultado do segundo trimestre.

Gol (GOOL4) cedeu 2,28% após resultado do segundo trimestre prejuízo líquido recorrente de 1,2 bilhão de reais e ajuste em previsões para a segunda metade do ano.

A aérea agora espera alta de cerca de 85% na receita ante o segundo semestre de 2020, versus previsão anterior de 100%.

Vale (VALE3) recuou 1,47%, apesar do lucro de 7,6 bilhões de dólares no segundo trimestre, com forte alta do preço do minério de ferro em meio a uma demanda firme da China. O número ficou um pouco abaixo do esperado. A mineradora disse que elevará produção de minério no segundo semestre

Ambev (ABVE3) perdeu 1,15%, mesmo após salto no lucro com volumes consolidados recordes para um segundo trimestre e crédito fiscal, com o foco voltando-se para o declínio em margens.

Multiplan (MULT3) avançou 5,36%, em movimento acompanhado por outras empresas de shopping centers, após divulgar na noite da véspera alta de 32% do lucro no segundo trimestre, beneficiando-se da retomada gradual das atividades de lojistas.

Csn (CSNA3) subiu 5,62%, revertendo as perdas dos últimos dois pregões, com a rival Usiminas (USIM5) também entre os destaques positivos, com alta de 3,22%.

Usiminas reporta balanço na sexta-feira, antes da abertura do mercado.

CSN divulgou na terça-feira.

Gerdau (GGBR4) valorizou-se 2,18%.

Petrobras (PETR4) fechou com acréscimo de 0,36%, favorecida pela elevação dos preços do petróleo no mercado externo.

Na véspera, a Compass, empresa de gás e energia do grupo Cosan, fechou a aquisição da fatia da Petrobras na Gaspetro.

BR Distribuidora (BRDT3) avançou 1,8%. A empresa anunciou programa de recompra de ações e reeleição de diretores da distribuidora de combustíveis.

Movida (MOVI3) disparou 8,55%, renovando máximas históricas, no melhor desempenho do Small Caps, após reportar receita líquida e Ebitda recordes no segundo trimestre, com expansão de margens. Também citou indicadores apontando para uma forte alta temporada no terceiro trimestre.

Brisanet (BRIT3) subiu 0,07%, a 13,93 reais, após a provedora de serviços de internet precificar IPO a 13,92 reais por papel, no piso da faixa estimada, que ia até 17,26 reais cada. Na mínima da sessão, caiu a 12,56 reais. Na máxima, chegou a 14,11 reais.

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