Mercados

Ibovespa fecha estável em dia volátil; Itaú sobe antes de balanço

03 ago 2020, 17:15 - atualizado em 03 ago 2020, 18:27
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O Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,08% (Imagem: B3/Linkedin)

O Ibovespa (IBOV) fechou marginalmente no vermelho o primeiro pregão de agosto, nesta segunda-feira, com o declínio de blue chips como Petrobras ofuscando a influência positiva de Wall Street, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 1,5% antes do balanço trimestral.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,08%, a 102.829,96 pontos, numa sessão volátil, marcando 103.863,33 pontos na máxima e 102.304,26 pontos na mínima.

O volume financeiro da sessão somou 30,77 bilhões de reais.

Tal desfecho vem após o Ibovespa acumular ganho nos últimos quatro meses seguidos, mostrando uma recuperação de mais de 65% em relação às mínimas de março.

Analistas não descartam movimentos de realização de lucros no curtíssimo prazo, mas citam a liquidez elevada nos mercados e juros significativamente baixos como suporte da tendência de alta das ações brasileiras.

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Analistas não descartam movimentos de realização de lucros no curtíssimo prazo (REUTERS/Rahel Patrasso)

O estrategista-chefe da XP, Fernando Ferreira, revisou sua projeção para o Ibovespa para 115.000 pontos ao fim de 2020, de 112.000 pontos anteriormente.

Ele elencou entre os fatores para a melhora das expectativas de dissipação dos efeitos da pandemia, que estímulos econômicos e monetários seguirão aumentando e que as economias do Brasil e global continuem a se recuperar.

De acordo com relatório a clientes, a equipe da XP também afirmou esperar que a agenda política mostre sinais de melhora.

Nesta segunda, em Wall Street o S&P 500 subiu 0,72%, conforme notícias corporativas compensaram a ausência de novidades sobre novos estímulos.

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Nesta segunda, em Wall Street o S&P 500 subiu 0,72% (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson)

O começo da semana também trouxe a primeira das três prévias do Ibovespa para o período de setembro a dezembro com a entrada de Eztec e PetroRio.

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Destaques

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 1,53%, com balanço do segundo trimestre previsto para após o fechamento da bolsa. No setor, Bradesco (BBDC4) recuou 1,07% e BTG Pactual (BPAC11) subiu 3,85%, ajudado por relatório do Goldman Sachs elevando recomendação para ‘compra’.

Petrobras (PETR4) caiu 1,8%, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior. A petrolífera publicou nesta segunda-feira edital do processo de licitação para arrendamento de seu terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) da Bahia e instalações associadas.

Banco do Brasil (BBAS3) valorizou-se 2,29%, em meio a repercussões sobre o novo presidente do banco. No domingo, o presidente Jair Bolsonaro disse que o executivo André Brandão foi escolhido para ocupar o cargo, mas que ainda precisava confirmar com o ministro da Economia.

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Vale (VALE3) teve baixa de 0,74%, em dia marcado por forte alta dos futuros do minério de ferro na China. No setor, CSN (CSNA3) disparou 6,29% e Usiminas (USIM5) avançou 3,32%. Gerdau (GGBR4) subiu apenas 0,29%.

JBS (JBSS3) avançou 4,46%, recuperando-se de três sessões consecutivas de perdas, em meio a dados mostrando alta nas exportações de carne bovina do Brasil em julho, bem como lucro acima do esperado divulgado pela rival norte-americana Tyson no segundo trimestre.

JBS avançou 4,46%, recuperando-se de três sessões consecutivas de perdas (Imagem: YouTube/JBS S.A.)

Cogna (COGN3) caiu 5,19%, entre os destaques de baixa pelo segundo pregão consecutivo, após uma estreia tímida das ações de sua subsidiária Vasta na Nasdaq na sexta-feira e na esteira de forte valorização dos papéis com as expectativas para o IPO.

Tim (TIMP4) caiu 2,98%, em meio à disputa pelos ativos móveis da Oi. TIM, Telefônica Brasil e a Claro fizeram proposta conjunta pelos ativos. Vivo (VIVT4) cedeu 3,13%. Oi (OIBR3), fora do Ibovespa, perdeu 10,99%, em meio a ruídos sobre desistência de outra interessada.

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CVC Brasil (CVCB3) cedeu 3,85%, após reportar lucro líquido de 47 milhões de reais em 2019, queda de 65,3% ante 2018, em números preliminares e não auditados, após concluir revisão e reconciliação de resultados em razão de distorções, inclusive em relação a anos anteriores.

IRB (IRBR3) recuou 3,39%, tendo de pano de fundo prejuízo líquido de impostos de 392,5 milhões de reais de abril a maio, conforme dados preliminares e não auditados. A companhia acrescentou que, para junho, espera “efeitos semelhantes ao bimestre em resultados”.

BB Seguridade (BBSE3) subiu 1,58%, após balanço do segundo trimestre e previsão de que julho tenha sido até agora o melhor mês do ano na captação de recursos em algumas de suas principais linhas de negócios, incluindo previdência e seguro prestamista.

Raia Drogasil (RADL3) fechou em queda de 4,54%, após acumular alta de 8,7% na última semana, quando o Ibovespa subiu só 0,5%.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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