Mercados

Ibovespa fecha semana de juros e cautela global; Embraer (EMBR3) se destaca e Cosan (CSAN3) despenca

21 jun 2025, 11:50 - atualizado em 21 jun 2025, 11:50
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O principal índice da B3 encerrou a semana com leve queda de 0,05%, aos 137.141 pontos, após cair 1,14% nesta sexta-feira (20). (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Na terceira semana de junho, o Ibovespa (IBOV) ficou praticamente estável, em meio a uma agenda intensa de decisões de política monetária no Brasil e no exterior, além de tensões geopolíticas e ajustes setoriais.

O principal índice da B3 encerrou a semana com leve queda de 0,05%, aos 137.141 pontos, após cair 1,14% nesta sexta-feira (20).

A mínima do dia foi de 136.814 pontos e a máxima, de 138.719 pontos. O volume financeiro somou cerca de R$ 20 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre ações e o retorno do feriado de Corpus Christi.

Segundo relatório da XP, a performance em dólares foi positiva em 0,5% na semana, fechando aos R$ 5,51 com o índice acompanhado de movimentos mistos nos mercados globais.

Selic sobe a 15% e Fed sinaliza paciência

No Brasil, o Copom elevou a Selic em 25 pontos-base, para 15% ao ano, surpreendendo parte do mercado que apostava em manutenção.

A XP destaca que essa decisão deve marcar o fim do ciclo de aperto monetário iniciado em setembro do ano passado, mas o BC deixou claro que a taxa deve permanecer nesse nível por um “período muito prolongado”.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve manteve os juros na faixa de 4,25% a 4,50% pela quarta reunião consecutiva. O presidente Jerome Powell afirmou que o comitê está “bem posicionado para esperar” antes de fazer novos cortes, que seguem precificados para setembro.

No exterior, as bolsas fecharam sem direção única: Dow Jones e Nasdaq ficaram no zero a zero, e S&P 500 recuou 0,02%.

Dólar, juros e petróleo: ajustes de curto prazo

O dólar à vista subiu 0,47% nesta sexta-feira, para R$ 5,5270, mas acumulou queda de 0,5% na semana, em linha com o fechamento de parte da curva de juros, como destaca a XP: o DI jan/34 recuou 14 pontos-base, a 13,58%.

Já o petróleo Brent caiu 2,33% no dia, cotado a US$ 77,01 o barril, mas ainda acumulou alta de 3,6% na semana, refletindo tensões no Oriente Médio e novas sanções dos EUA contra o Irã, ainda em tom diplomático.

Embraer (EMBR3) dispara com anúncios em Paris; Cosan (CSNA3) é destaque negativo

No ranking semanal, a Embraer (EMBR3) liderou os ganhos com salto de 9,2%, beneficiada por uma série de anúncios de contratos acima do esperado durante o Paris Air Show.

Na outra ponta, Cosan (CSAN3) caiu 10,3%, após o Citi rebaixar seu preço-alvo.

Maiores altas da semana

Código Nome Variação
EMBR3 Embraer +9,2%
DIRR3 Direcional +6,8%
TIMS3 TIM +4,7%
VIVA3 Telefônica Brasil +4,6%
B3SA3 B3 +4,4%

Maiores quedas da semana

Código Nome Variação
CSAN3 Cosan -10,3%
USIM5 Usiminas -7,8%
MRFG3 Marfrig -7,4%
RAIZ4 Raízen -6,0%
GGBR4 Gerdau -4,5%

O que esperar para a próxima semana

Para os próximos dias, o foco fica na ata da última reunião do Copom, na leitura do IPCA-15 de junho, além dos dados do mercado de trabalho com o Caged e a PNAD Contínua.

No exterior, os investidores monitoram o núcleo do PCE nos Estados Unidos, principal indicador de inflação para o Fed, além de PMIs na Europa, EUA, Japão e Reino Unido.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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