Análise Técnica

Ibovespa futuro despenca e testa suportes mais baixos; BTG analisa 2T25 e recomenda PRIO3

20 ago 2025, 10:07 - atualizado em 20 ago 2025, 10:07
day-trade-ibovespa-futuro-btg
Ibovespa futuro despenca 2,5%, enquanto dólar dispara. Confira a análise técnica do BTG e os destaques da temporada de balanços do 2T25. (Imagem: Divulgação/B3)

O Ibovespa futuro (WINV25) encerrou o último pregão em forte queda de 2,56%, aos 136.490 pontos, devolvendo os ganhos recentes e voltando a ser negociado abaixo da média móvel de 200 períodos — que indica padrões no longo prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo a análise técnica do BTG Pactual desta quarta-feira (20), o cenário é de indefinição, com o ativo retornando para a lateralidade observada em julho.

O ativo volta a operar dentro da resistência de 142.000 e o suporte de 136.600 pontos, vistos como limites de consolidados no longo prazo, para cima ou para baixo.

No momento, a análise indica uma maior probabilidade de o índice testar o fundo dessa região. Uma nova tendência mais clara para o ativo só será definida com o rompimento de um desses dois extremos.

  • CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamente

Já o dólar futuro (WDOU25) segue em tendência de alta no curto prazo, avançando 1,08% na última sessão, aos 5.515,50 pontos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A análise aponta que o ativo confirmou um pivô de alta ao romper com facilidade a resistência em 5.460. O movimento mostra força compradora, mas encontra agora uma barreira importante na média de 200 períodos, localizada em 5.530.

Caso supere esse nível, a próxima resistência relevante está na faixa de 5.550 a 5.560. Os principais suportes estão em 5.445 e 5.400.

BTG analisa temporada de balanços e recomenda PRIO3

No radar diário de ações, o BTG fez um balanço da temporada de resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) e analisou as perspectivas para os setores de agronegócio, energia e varejo farmacêutico. Além disso, o banco destacou recomendação para Prio (PRIO3).

Após as últimas divulgações de resultados no 2T25, os analistas consideram que as empresas de foco doméstico tiveram um desempenho melhor que as exportadoras, com crescimento de 12% na receita e 10% no Ebtida excluindo Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No geral, 36% das companhias reportaram resultados considerados fortes, enquanto 26% mostraram um desempenho fraco. O setor bancário foi o principal ponto negativo para os lucros, com destaque para o Banco do Brasil (BBAS3).

Além dos resultados, o BTG comentou o momento do agronegócio. O mercado global de açúcar enfrenta uma forte correção, mas os analistas avaliam que os fundamentos não justificam a desvalorização.

O banco vê uma assimetria positiva para os preços e para os ativos do setor, como São Martinho (SMTO3) e Raízen (RAIZ4), que já reduziram o hedge (proteção) de preços sinalizando uma percepção de valorização futura.

No varejo farmacêutico, o banco destacou a forte alta de 11,7% nas vendas em julho, com destaque para os medicamentos genéricos, que cresceram 14,7%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o BTG, a expiração de cerca de 1.500 patentes nos próximos cinco anos deve aumentar em até 20% a oferta de genéricos no país, que são vendidos a preços pelo menos 35% menores.

O banco mantém uma visão construtiva, com recomendação de compra para RD Saúde (RADL3), Panvel (PNVL3) e Pague Menos (PGMN3).

Em relação à Prio (PRIO3), o BTG reduziu o preço-alvo de R$ 65 para R$ 61 por ação, mas manteve a recomendação de compra. A empresa segue vista como uma produtora de alta qualidade, com expectativa de ultrapassar 200 mil barris por dia até 2026 e forte geração de caixa.

Apesar da pressão de curto prazo devido à paralisação do campo de Peregrino, o banco acredita que a reprecificação da ação ocorrerá com a entrega dos novos projetos.

  • VEJA MAIS: Onde investir em criptomoedas? O Crypto Times elaborou um e-book gratuito com as recomendações das principais corretoras e plataformas de ativos digitais; confira aqui
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.