Ibovespa futuro fecha praticamente estável, mas analistas seguem vendo tendência de alta; Dólar futuro recua
O Ibovespa futuro para dezembro (WINZ25), ou mini-índice, fechou praticamente estável nesta quinta-feira (6), com uma pequena queda de 0,03%, aos 155.740 pontos.
A análise técnica do BTG Pactual, publicada mais cedo, apontou que o preço ainda não mostra sinais de reversão e que mantém espaço para avançar até o último alvo projetado em 156.940 pontos.
Os principais suportes estão nas médias de 21 e 50 períodos (gráfico de 60 minutos), em 153.930 e 152.620 pontos.
Já o dólar futuro recuou 0,15%, a R$ 5,38.
Dólar futuro acompanha exterior
No exterior, o dólar também perdeu força. Por volta das 17h, o DXY, que mede a força da moeda americana frente a várias outras de países desenvolvidos, recuava 0,47%, a 99,733 pontos.
Em parte, o recuo da divisa americana se explica por uma menor aversão ao risco no mundo devido a possibilidade de menores tarifas.
Ontem, juízes da Suprema Corte dos EUA levantaram dúvidas sobre a legalidade das tarifas comerciais em um caso com implicações para a economia global que marca um grande teste dos poderes de Trump.
Os juízes conservadores e liberais questionaram duramente o advogado que representa o governo se uma lei de 1977, destinada a emergências nacionais, dava a Trump o poder para impor tarifas ou se o presidente republicano havia invadido as prerrogativas do Congresso.
Do outro lado, nos Estados Unidos, o prolongamento da paralisação (shutdown), da máquina pública, agora no seu 37º dia, e a retomada da cautela sobre o setor de inteligência artificial pesaram.
- LEIA TAMBÉM: Descubra agora como se aposentar sem depender do INSS; Simule sua aposentadoria com a ferramenta 100% gratuita do Money Times em parceria com o BTG Pactual
A mais longa paralisação do governo dos EUA na história tem deixado investidores e o Federal Reserve (Fed) às cegas antes da próxima decisão sobre a taxa de juros e dependentes de indicadores mistos do setor privado.
Ibovespa futuro e cenário interno
No Brasil, o Ibovespa futuro repercutiu a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a Selic em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva — o maior nível desde 2006.
A decisão, unânime, já era amplamente antecipada. O BC reforçou que a política monetária continuará “significativamente contracionista por período prolongado”, citando:
“A decisão do Banco Central reforçou o apetite por operações de carry trade, sustentando o real diante do ambiente global ainda turbulento”, afirmou Bruno Shahini, da Nomad.