Ibovespa futuro sobe 0,89% e pode engatar tendência de alta; Dólar futuro fica estável
O Ibovespa futuro para dezembro de 2025 (WINZ25), ou mini-índice, fechou em alta de 0,89% nesta sexta-feira (12), aos 160.980 pontos.
Mais cedo, a análise técnica do BTG Pactual havia apontado que, se o Ibovespa futuro tivesse um rompimento firme acima dos níveis de 159.300 e, posteriormente, de 159.560 pontos, a recuperação ganharia tendência.
Já o dólar futuro para janeiro de 2026 fechou com leve alta de 0,10%, a R$ 5,437.
O ativo, segundo o banco, permanece preso em uma faixa estreita, sem definição mais clara de tendência, operando de lado nesta sexta. Segundo o BTG, um rompimento da resistência de R$ 5.515,00 poderia abrir espaço para teste em R$ 5.524,49, mas a perda de força recente pode aproximar o ativo dos R$ 5,40.
O Índice de Força Relativa (IFR) segue sem formação clara de topos e fundos, reforçando o caráter indeciso do movimento atual. A tendência predominante, no entanto, permanece de baixa no longo prazo, mesmo com o ganho recente no curto prazo.
Dólar futuro e movimento externo
O movimento do dólar futuro acompanhou a tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,05%, aos 98.400 pontos.
O ativo ganhou força em meio a incertezas sobre o rumo do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) e a deterioração do sentimento de risco nos Estados Unidos com o setor de tecnologia – a retomada do temor de uma bolha de inteligência artificial (IA).
Na última quarta, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, como o esperado. Essa foi a terceira redução consecutiva.
A decisão, mais uma vez, não foi unânime: Stephen Miran votou pelo corte de 0,50 ponto percentual, enquanto Austan Goolsbee e Jeffrey Schmid optaram por manter o Fed Funds na faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Sendo assim, o placar ficou 9 a 3, a maior dissidência desde setembro de 2019.
Já nesta sexta-feira, os dissidentes comentaram o seu posicionamento. O presidente da unidade do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, disse que discordou do corte de 0,25 ponto percentual e optou pela manutenção dos juros porque a inflação está “muito alta” e a política monetária deveria permanecer modestamente restritiva para mantê-la sob controle.
“Neste momento, vejo uma economia que está mostrando impulso e uma inflação que está muito aquecida, o que sugere que a política monetária não é excessivamente restritiva”, disse Schmid.
Ibovespa futuro e cenário interno
No Brasil, o Ibovespa futuro repercutiu novos dados econômicos. Entre eles, o volume do setor de serviços apresentou aumento de 0,3% no volume em outubro em relação a setembro, quando houve crescimento de 0,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da desaceleração, o resultado ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 0,2% no mês, e com isso o volume de serviços renovou o patamar recorde da série histórica, iniciada em 2011.
O setor ainda marcou o nono resultado positivo seguido, acumulando no período ganho de 3,7%, superando a sequência de resultados positivos de oito meses entre fevereiro e setembro de 2022.
A cena política também continuou no radar. Durante a tarde, o governo dos Estados Unidos retirou os nomes do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista de sancionados da Lei Magnitsky.