Ibovespa futuro sobe, mas investidores seguem cautelosos; Dólar futuro fica estável
O Ibovespa futuro para fevereiro de 2026 (WING26), ou mini-índice, subiu 0,49% nesta quinta-feira (18), aos 161.410 pontos.
De acordo com a análise técnica do BTG Pactual, a definição direcional segue nebulosa. Para os especialistas, a mudança desse cenário para um mercado de ganhos dependeria de um rompimento mais consistente dos 161.000 pontos. Do outro lado, a perda do suporte dos 159.600 pontos sugeria uma tendência de baixa no curto-prazo.
Já o dólar futuro para janeiro (WDOF26) ficou estável, a R$ 5.533.
A análise do BTG afirma que o rompimento da faixa dos 5.520, agora avaliada como suporte, e o avanço dos 5.540 é um algo relevante e ainda reflete cautela do mercado.
Dólar futuro e exterior
O movimento do dólar futuro acompanhou a tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava também praticamente estável, com alta de 0,05%, aos 98.413 pontos.
Nos Estados Unidos, a inflação movimentou o câmbio.Nos Estados Unidos, a inflação movimentou o câmbio.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos (EUA) subiu 0,2% nos dois meses de setembro a novembro, informou o Departamento do Trabalho do país.
Já o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% na comparação mensal e foi a 2,6% em um ano.
“Os dados de inflação dos EUA reforçaram o viés de desinflação e mantiveram vivas as apostas em um novo corte de juros já em janeiro”, avaliou Bruno Shahini, da Nomad.
Perto do fechamento, o mercado precificava 73,4% de chance de o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) manter os juros em 3,50% a 3,75% ao ano em janeiro. A aposta de corte de 0,25 ponto percentual, porém, aumentou de 24,4% ontem para 26,6% hoje.
Ibovespa futuro e cenário interno
Do lado fundamentalista, o Ibovespa futuro, em parte, acompanhou o otimismo visto no exterior, em meio à maior expectativa de corte de juros nos EUA.
No cenário doméstico, as eleições seguem no centro das atenções.
O presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), disse que, se em março, a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República não mostrar viabilidade eleitoral, a tendência é de que o ex-presidente Jair Bolsonaro”não vai arriscar”, segundo o jornal Valor Econômico.
Ainda de acordo com o jornal, o projeto presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não seria, no momento, “um projeto enterrado”, segundo Nogueira. “Vai depender da viabilidade eleitoral de Flávio”, acrescentou. Mais cedo, Tarcísio reafirmou o apoio a Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato à Presidência.
Além disso, a pesquisa AtlasIntel/Bloomberg mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve iniciar 2026 com a aprovação menor que a desaprovação.
Apesar do predomínio da avaliação negativa, Lula mantém vantagem sobre todos os possíveis adversários em simulações para as eleições presidenciais de 2026.