Ibovespa futuro (WINZ25) fecha em leve queda, mas analistas continuam vendo tendência de alta; Dólar futuro sobe
O Ibovespa futuro para dezembro (WINZ25), o mini-índice, encerrou a quinta-feira (27) em leve queda de 0,11%, aos 159.695 pontos, em um dia de menor liquidez no mercado.
O contrato se afastou um pouco do topo histórico, de 160.605 pontos. Ainda assim, na leitura técnica do BTG Pactual, o gráfico de 60 minutos mostra que as médias de 21 e 50 períodos realizaram um cruzamento de alta, enquanto o Índice de Força Relativa (IFR) apresenta inclinação positiva, indicando ganho de momentum.
O principal suporte de curto prazo para o Ibovespa futuro está na média de 50 períodos, em 157.220 pontos, que sustenta a estrutura compradora. Caso o topo histórico seja superado, o próximo alvo técnico fica na região de 164 mil pontos.
No câmbio, o dólar futuro para dezembro (WDOZ25) avançou 0,34%, a R$ 5,353. Apesar da alta, a moeda não rompeu a resistência em R$ 5,360.
Segundo o banco, há predominância de fluxo vendedor no curto prazo e dificuldade de sustentar movimentos de alta. Os próximos suportes estão em R$ 5,310 e R$ 5,300.
Ibovespa futuro, dólar futuro e exterior
Com o feriado nos Estados Unidos e ausência da referência internacional, o dólar ganhou força ante o real, em um dia de correção técnica.
“Depois de três dias consecutivos de valorização do real, o movimento técnico de realização e ajuste ganhou força, abrindo espaço para uma alta pontual da moeda. Além disso, o aumento das rolagens de contratos futuros na véspera da última Ptax de novembro adicionou volatilidade ao mercado, reforçando o viés comprador e contribuindo para a pressão de apreciação do dólar ao longo da manhã”, afirmou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
O Caged de outubro registrou a abertura de 85.147 vagas — o pior resultado para o mês na série histórica.
Na avaliação de Sara Paixão, analista de macroeconomia da InvestSmart XP, o dado confirmou a tendência esperada de desaceleração no mercado de trabalho, “que vem de meses muito positivos ao longo dos últimos dois anos, principalmente no universo de empregos formais”.
A sinalização de uma economia mais fraca tirou pressão da curva de juros brasileira na parte curta, que recuou, reduzindo o diferencial das taxas locais frente às dos EUA. Isso levou a uma saída de fluxo e enfraqueceu o dólar futuro.
O Ibovespa futuro também se beneficiou da queda das taxas na parte longa da curva.