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Ibovespa encontra resistência em 121,5 mil pontos; índice abre em alta hoje

12 abr 2022, 10:03 - atualizado em 12 abr 2022, 10:05
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Inflação no Brasil e no mundo preocupou os investidores e ajudou a derrubar o Ibovespa no dia anterior. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa subia 0,54% na abertura do pregão desta terça-feira (12), aos 117,5 mil pontos, após recuo de 1,16% do dia anterior. O índice, dizem analistas gráficos, encontra resistência em 121,5 mil pontos – ou seja, seria preciso romper esse patamar para subir ainda mais.

A quebra do patamar de 121,5 mil pontos abriria espaço para tentar a próxima projeção de objetivo de sua “onda 5” que aponta para a região dos 123 mil pontos, disse a Ágora Investimentos, em relatório assinado por Maurício Camargo e equipe.

Os analistas lembram que o Ibovespa ensaiou a perda dos 118,2 mil pontos na segunda e recuou em direção aos 115,900 mil pontos, “topo anterior que passou a atuar como suporte que ampara a formação de alta para o curto prazo”.

Segundo Igor Graminhani, analista gráfico da Genial Investimentos, a baixa do dia anterior implicou em um rompimento da média móvel exponencial de 21 períodos, que fica em torno de 117,5 mil pontos.

O patamar, diz, pode ocasionar em uma correção até a média móvel aritmética de 50 períodos, que fica em torno de 114,7 mil pontos. “Por enquanto, temos apenas um repique de baixa dentro de uma tendência de alta no curto e no médio prazo”, destacou.

O analista elencou os seguintes patamares:

  • Próximas Resistências: 121.580 / 123.600 / 126.430
  • Próximos Suportes: 114.716 / 108.670 / 100.850

Ibovespa hoje

A inflação no Brasil e no mundo preocupou os investidores e ajudou a derrubar o Ibovespa na segunda, depois que a leitura de março do IPCA surpreendeu para cima e colocou em xeque a perspectiva de encerramento do ciclo de aperto monetário em maio.

Nesta terça, o mercado segue monitorando os próximos passos do Banco Central. O presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, disse no dia anterior que a alta de 1,62% dos preços ao consumidor em março foi uma surpresa e que o BC está aberto a analisar o cenário se houver algo diferente do padrão.

Seus comentários vêm depois de repetidas indicações de que o Banco Central estacionaria a taxa Selic em 12,75% em maio, ante patamar atual de 11,75%.

No exterior, a inflação também segue em foco. Nos Estados Unidos, os investidores aguardam pela atualização dos números de inflação ao consumidor (CPI), no meio da manhã.

A persistência dos preços altos, que se agravou com a guerra entre Rússia e Ucrânia, tem levado o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a sinalizar que pretende acelerar a retirada de estímulos monetários nos próximos meses.

Veja o desempenho dos mercados nesta terça, segundo a Mirae Asset:

  • Na Ásia, as bolsas de valores fecharam mistas, com Nikkei em -1,81% e Shanghai em +1,46%;
  • Na Europa, as bolsas abriram no negativo, com Londres em -0,53%, Alemanha em -0,96% e França em -0,70%;
  • Nos EUA, os futuros das bolsas e valores abriram fracos, com Dow Jones -0,01%, S&P em +0,01% e Nasdaq +0,03%;
  • Ibovespa Futuro abriu em +0,55% a 117.506;
  • Dólar abriu em -0,15% a R$ 4,69;
  • Petróleo WTI: em +3,97% a US$ 98,03/Boe;
  • Petróleo Brent: Em +4,21% a US$ 102,65/Boe;
  • Minério de Ferro: Porto de Qingdao em -2,67% a US$ 139,15/ton. (11/04)

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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