Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Ações globais sobem, mas petróleo cai, em meio à crise de energia

30 ago 2022, 8:03 - atualizado em 30 ago 2022, 8:15
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Ibovespa vive dinâmica própria e recebe suporte do petróleo e do fluxo, enquanto mercados internacionais estão assustados com riscos inflacionários e de recessão (Imagem: Tainá da Silva)

O Ibovespa deve acompanhar a recuperação engatada pelos mercados internacionais nesta terça-feira (30), um dia após a queda em Wall Street apagar os ganhos dos negócios locais. Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em alta, beneficiados pelo recuo do petróleo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora as ações globais e os preços da commodity industrial sejam tradicionalmente correlacionados de forma positiva, percebe-se um movimento mais recente de divergência entre ambas as classes de ativos. E o que explica essa discrepância é o temor de uma segunda onda inflacionária por causa da crise de energia.

Os riscos de desabastecimento em pleno inverno – no hemisfério norte, mas especialmente na Europa – assustam os investidores, que não encontram alento no discurso dos bancos centrais dos dois lados do Atlântico Norte. Ao contrário.

O tom agressivo (“hawkish”) do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE) de aumento mais forte dos juros para combater a inflação ainda elevada pode acelerar uma rápida piora dos dados econômicos, arrastando o mundo de vez para uma recessão global.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dinâmica própria

Mas o movimento divergente das ações globais e os preços do petróleo ainda não se aplica na bolsa brasileira. Ontem, foram os ganhos do setor de óleo e gás que deram suporte ao Ibovespa, segurando o índice acionário no campo positivo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O destaque ficou com a alta de mais de 2% da Petrobras, sendo que a ação preferencial (PETR4) renovou a máxima histórica. Há quem diga que o céu é o limite para o papel, que ainda está barato. Já a Vale deve decepcionar mais uma vez hoje, em meio à queda de quase 3% dos preços do minério de ferro na China (Dalian).

Vale lembrar que, nesta semana, o investidor receberá cerca de R$ 60 bilhões em dividendos das duas blue chips. A expectativa é de que boa parte desses recursos sejam reaplicados no mercado doméstico. E é esse fluxo que explica o flerte do dólar com a marca de R$ 5,00.

Com isso, os ativos domésticos passam ao largo da turbulência externa, esnobados os riscos globais. Essa dinâmica própria também parece estar à prova de choques do cenário eleitoral. Talvez porque ainda não haja nenhuma novidade na disputa.

Ontem, a pesquisa Ipec mostrou estabilidade na corrida presidencial. Resta saber se o debate de domingo e o início da campanha no rádio e na TV ampliam as chances de um segundo turno, diante da expectativa de crescimento dos candidatos da terceira via.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha alta de 0,68%; o do S&P 500 subia 0,85%; e o do Nasdaq avança 1,17%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,76%; a bolsa de Frankfurt subia 1,86%; a de Londres ganhava 0,26% e a de Paris crescia 1,17%.

Câmbio: o DXY recuava 0,32%, a 108.48 pontos; o euro subia 0,34%, a US$ 1,0031; a libra oscilava com +0,08%, a US$ 1,1715; o dólar caía 0,31% ante o iene, a 138,30 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos subia a 3,062%, de 3,104% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,409%, de 3,437% na sessão anterior

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Commodities: o futuro do ouro tinha queda de 0,23%, a US$ 1.745,60 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI cedia 1,89%, a US$ 95,18 o barril; o do petróleo Brent recuava 1,97%, a US$ 100,90 o barril; o minério de ferro para janeiro teve queda de 2,92% em Dalian (China), a 697 yuans.

Siga o Money Times no Facebook!

Curta nossa página no Facebook e conecte-se com jornalistas e leitores do Money Times. Nosso time traz as discussões mais importantes do dia e você participa das conversas sobre as notícias e análises de tudo o que acontece no Brasil e no mundo. Siga agora a página do Money Times no Facebook!

Compartilhar

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
olivia.bulla@moneytimes.com.br
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.