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Ibovespa (IBOV) vive sessão volátil, mas se mantém em alta, descolado do exterior

06 out 2022, 17:10 - atualizado em 06 out 2022, 17:52
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Queda em Wall Street não jogou Ibovespa para o campo negativo nesta quinta-feira (6) (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa (IBOV), que oscilou entre perdas e ganhos nesta quinta-feira (6), fechou em alta, descolado do exterior.

O índice de referência da Bolsa brasileira apresentou valorização de 0,31%, a 117.560,83 pontos. O Ibovespa recebeu suporte das ações da Petrobras (PETR3;PETR4), seguindo o avanço do petróleo nos mercados internacionais, enquanto Vale (VALE3) limitou os ganhos do dia ao cair mais de 2%.

As eleições seguem no radar dos investidores. Ontem, o Ipec divulgou uma nova pesquisa eleitoral, referente ao segundo turno, mostrando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 51% das intenções de voto, contra 43% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Hoje, o PoderData indicou Lula com 48% das intenções de voto e Bolsonaro com 44%.

Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos, afirma que o movimento de compra de ações no mercado brasileiro se deve à perspectiva de uma postura de maior responsabilidade fiscal em um eventual governo Lula.

“O PT percebeu agora que, para angariar mais votos e não ter risco de não ganhar no segundo turno, vai precisar adotar política de mais responsabilidade fiscal trazendo o [Henrique] Meirelles, por exemplo, e caminhar mais para o centro. Essa sinalização é positiva para o Ibovespa e também para o setor de bancos”, comenta.

Na agenda macroeconômica, dados do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) mostraram aceleração de queda do indicador, que caiu 1,22% em setembro.

Com o resultado, o índice de inflação acumula alta de 5,54% no ano e 7,94% em 12 meses. Em setembro de 2021, o índice havia caído 0,55% e acumulava elevação de 23,43% em 12 meses.

Nos Estados Unidos, os dados semanais de novos pedidos de seguro-desemprego aumentaram mais que o esperado.

Os pedidos subiram a 219 mil na semana encerrada em 1º de outubro, segundo o Departamento do Trabalho dos EUA. Já os dados da semana anterior foram revisados para mostrar 3 mil pedidos a menos do que os informados anteriormente.

Segundo a Reuters, economistas esperavam 203 mil pedidos para a semana passada.

Apesar disso, o mercado de trabalho nos EUA continua apertado, mesmo em um cenário de taxa de juros mais alta.

Os mercados aguardam pela divulgação do payroll, previsto para sair amanhã.

Maiores altas e baixas

A Via (VIIA3) liderou as altas do Ibovespa nesta quinta, disparando 8,03%. De acordo com Cohen, o varejo mostrou bom desempenho hoje por dois motivos: o Brasil saiu na frente em relação à alta de juros e, com isso, possivelmente começará a derrubar os juros antes que outros países; e os juros no Brasil alcançaram um patamar que não devem continuar subindo mais.

“O mercado também já precifica esse cenário, já que a Bolsa sempre trabalha precificando o cenário de seis meses a um ano para frente”, destaca o analista.

Cohen diz ainda que o mercado está na expectativa pelo aumento de vendas com o fim do ano e proximidade de Black Friday e Natal.

“Consequentemente, com mais vendas, podemos ver bons resultados para as empresas do setor”, completa.

As ações do setor de educação também estiveram entre os destaques positivos do pregão, com Cogna (COGN3) disparando mais de 6% e Yduqs (YDUQ3) quase 5%, em meio a expectativas de uma vitória de Lula no segundo turno. O petista prometeu investir mais na área de educação em seu governo.

O Ministério da Economia informou nesta quinta que o bloqueio adicional de recursos feito este mês no Ministério da Educação foi de R$ 51,3 milhões. Não foram informados detalhes do restante do corte de verbas anunciado para outras pastas, de R$ 2,6 bilhões.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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