BTG seleciona 10 ações para investir em maio e enfrentar mercados cada vez mais voláteis; confira

O BTG Pactual promoveu algumas trocas em sua carteira recomendada de ações para maio, buscando um portfólio mais equilibrado diante de mercados cada vez mais voláteis. Com isso, Embraer (EMBR3), e B3 (B3SA3) deixam a seleção.

Carlos Sequeira e equipe, que assinam o relatório, explicam que a produtora de papel e celulose Suzano entra no lugar de Embraer, que teve valorização de cerca de 50% no acumulado do ano.

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“A Suzano se beneficia do projeto Cerrado que entrará em operação em meados de 2024 (+25% de capacidade de baixo custo), aumentando as perspectivas de geração de caixa e desalavancagem. As ações são negociadas a 5x EV/EBITDA para 2025 (vs. níveis de meio de ciclo de 7x)”, avaliam.

Já no lugar de B3 entra Ambev que, após um processo de redução de rating de vários anos, está agora sendo negociada com um dividend yield de cerca de 8% e um desconto de 20% em relação aos seus pares globais, explicam os analistas.

Dessa forma, o BTG acredita que a maior parte do processo de compressão de múltiplos ficou para trás e que a ação parece um bom ativo defensivo.

Destaque no mês de abril, a Petrobras fica mais um mês no portfólio do banco. “Modelamos um dividend yiel ordinário de ~12-13% para 2024, com potencial de surpresas positivas dependendo da produção, dos preços do petróleo e do capex”, dizem.

Em abril, a rentabilidade da carteira do BTG foi de -4,2%, performando abaixo do Ibovespa (IBOV), que recusou 1,7% no período.

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Os analistas destacam que, com as taxas de longo prazo em alta nos Estados Unidos e no Brasil e piores perspectivas de cortes nas taxas de curto prazo em ambos os países, optaram por reequilibrar a carteira, aumentando a exposição cambial e a capacidade defensiva.

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“Ainda acreditamos que o Ibovespa está barato (9,1x P/L 12 meses à frente) e já precifica piores perspectivas fiscais no Brasil e cortes mais lentos/menos intensos nos juros dos EUA”, avaliam.

Portanto, apesar do reequilíbrio do portfólio, mantiveram a maior parte dele exposta ao que acreditamos serem
condições macroeconômicas e políticas razoavelmente sólidas no Brasil.